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Espírito Santo tem um policial civil para cada 1,7 mil habitantes

A situação do quadro de servidores na Polícia Civil do Estado é tão precária que nem mesmo as recentes nomeações amenizam os problemas causados pelo baixo efetivo. Com 2.241 policiais civis na ativa – sendo 299 em abono de permanência, ou seja, aptos à aposentadoria – o Estado tem um policial para cada 1,7 mil habitantes, com defasagem que ultrapassa os 59%.
 
A falta de efetivo se reflete também na Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), que é responsável por serviços como a emissão de documentos de identidade, o que gera uma demanda represada neste setor. O prazo para entrega no documento no Estado chega a 60 dias.
 
Junto com Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte, o Espírito Santo ocupa o topo do ranking dos estados com índices mais baixos de policiais civis por habitante. Exemplo desse déficit de policiais é o fato de haver apenas nove médicos legistas para atender a todo o norte do Estado e três no sul.
 
O baixo número de policiais na Polícia Técnica também provoca reflexos no atendimento de ocorrências. Recentemente, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES) recebeu uma denúncia de que policiais haviam violado um local de crime no norte do Estado e retirado um corpo, tamanha foi a demora para a chegada da perícia, em razão da grande demanda que os peritos enfrentam e dos longos deslocamentos que têm de ser feitos para esse atendimento.
 
A situação das delegacias tanto na Grande Vitória quanto no interior do Estado também é precária. A falta de condições de trabalho e os riscos que policiais e usuários correm nas unidades levou o Sindipol a denunciar o caso ao Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES), que criou uma Força Tarefa para avaliar a situação de 38 unidades policiais capixabas.
 
As denúncias de falta de condições mínimas para policiais exercerem as funções também serão feitas à Organização Internacional no Trabalho (OIT), contra a política de governo do Brasil no âmbito do Estado, na área de segurança pública, que contribui para que os índices de violência permaneçam altos.

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