Advogados da família de Leonardo Silva Gonçalves apontam controvérsias nas informações sobre a morte
Familiares do detento Leonardo Silva Gonçalves, morto no Presídio Estadual de Vila Velha (PEV II) na noite da última sexta-feira (15), exigem apuração do caso. A advogada da família, Paloma Gasiglia, que atua no caso juntamente com o advogado Antônio Fernando Moreira, afirma que há controvérsias nas informações a respeito da causa da morte. Além disso, não foram adotados, por parte do Estado, os procedimentos necessários diante do falecimento do detento.
Paloma aponta que, informalmente, a administração do presídio informou à mãe de Leonardo que ele havia sido assassinado. Entretanto, relata a advogada, o corpo foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que afirmou que a causa da morte foi natural, e não para o Departamento Médico Legal (DML). “Se informaram inicialmente que ele havia sido assassinado, deveriam ter encaminhado o corpo para o DML, que é para onde são levados os casos de suspeita de morte violenta”, explica Paloma. Diante disso, a advogada orientou a família a pedir autópsia.
Após registrar Boletim de Ocorrência na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os familiares, por meio de um laudo, foram informados de que Leonardo Silva Gonçalves sofreu traumatismo encefálico e tinha marcas pelo corpo. “Por que não tomaram as providências de praxe, como acionar a DHPP [Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa]? É preciso esclarecer se houve negligência”, destaca.
O militante do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) no Espírito Santo, Gilmar Ferreira, recorda que no dia 29 de abril o detento Ivaney Rocha foi assassinado pelo colega de cela Derli de Almeida na Penitenciária de Segurança Máxima II, em Viana.