As famílias permanecem nas portas dos batalhões e prometem continuar bloqueando a saída das viaturas. Os militares já falam, inclusive, em desfiliação em massa das associações, que haviam se retirado da mesa após a negociação com os familiares na madrugada desta sexta-feira (10) e retornaram na noite de hoje para selar um novo acordo com o governo “nas costas” à revelia dos familiares dos policiais.
A apresentação dos PMs às 7h da manhã deste sábado (11) é a condição prevista no primeiro item do acordo. “O movimento reivindicatório se encerra às 7h da manhã do dia 11/02/2017 com a desobstrução dos acessos às unidades da Polícia Militar e Bombeiros Militares, devendo todos os policiais e bombeiros militares retomarem suas atividades regulamentares normalmente em todas as unidades em todos o Estado do ES”.
As famílias, no entanto, se mostram irredutíveis e aguardam uma reunião com o procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, que chega ao Estado neste sábado (11) para tentar uma saída negociada para o conflito.
A única proposta concreta oriunda da negociação foi que os policiais e bombeiros militares que aceitarem a propostas não sofrerão punições administrativas, que são aquelas que mais facilmente levariam à expulsão da corporação. O acordo também não isenta os 703 policiais que estão sendo indiciados pelo crime de revolta, previsto no Código Militar.