Ao todo, mais de três mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública estão no Estado para garantir o policiamento das cidades do Grande Vitória e do interior, durante a paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo. Nessa terça-feira (15), um total de 1,7 mil policiais já havia retornado às atividades. No entanto, os familiares e amigos de PM seguem na frente dos quartéis, impedindo a saída de viaturas e de parte da tropa.
Na Portaria nº 143, publicada no Diário Oficial da União, o ministro da Justiça em exercício, José Levi, autoriza o emprego da Força Nacional por mais 20 dias para atuar em ações de segurança pública, em apoio ao governo estadual, na recuperação e preservação da ordem pública. O número de profissionais a serem disponibilizados pelo Ministério obedecerá ao planejamento definido pelos entes envolvidos na operação.
Em entrevista concedida nessa terça, o ministro da Defesa garantiu a presença das tropas federais no Espírito Santo. “Nós vamos prorrogar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O governo estadual ainda precisa de mais uns dias para ter o controle da segurança pública”, afirmou Jungmann. A autorização para a permanência das tropas federais termina na próxima quinta-feira (16). Segundo o ministro, agora será feito o planejamento para definir por mais quantos dias as Forças Armadas permanecerão no Estado.
A Operação Capixaba começou no último dia 6, a pedido do vice-governador César Colnago (PSDB), que estava no exercício do cargo, ao presidente da República, Michel Temer (PMDB). Os ministros da Defesa e da Justiça estiveram em Vitória, juntamente com outras autoridades federais, para acompanhar de perto as providências para o início da operação. “Lembro que, naquela segunda [dia 6], vimos uma cidade fantasma. Não tinha ninguém nas ruas. Nem os peladeiros, que costumam frequentar as praias. No sábado [1], circulamos por Vitória e Vila Velha, e constatamos a volta à normalidade por parte da população”, explicou Jungmann.
O governo estadual transferiu o controle operacional dos órgãos de segurança para o general de Brigada Adilson Carlos Katibe, que é o comandante da Força-Tarefa Conjunta em atuação no Estado durante o motim da Polícia Militar.