Manifesto encaminhado à gestão de Euclério Sampaio alerta para violência no município e questiona atuação da Força Nacional
O Fórum de Mulheres de Cariacica, criado este ano em meio às preparações para o Dia Internacional da Mulher, apresentou para a gestão de Euclério Sampaio (DEM) um documento com reivindicações de políticas públicas, como a concretização de um trabalho em rede de enfrentamento à violência contra a mulher no município, com os princípios da Lei Maria da Penha no âmbito da assistência, saúde, educação e justiça.
O grupo também exalta a necessidade de realização de campanhas informativas sobre os direitos das vítimas, medidas protetivas de urgência e contatos de órgãos de ajuda; trabalhos de formação e conscientização dos homens sobre a violência contra a mulher; além de fortalecimento do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres e da Rede de Atendimento Psicossocial e políticas públicas, também com foco na juventude.
O manifesto, intitulado “Pela Vida das Mulheres” foi protocolado virtualmente na Prefeitura de Cariacica, uma vez que o Fórum tentou marcar uma reunião com a vice-prefeita Edna Luzia Furtado (Avante), sem sucesso.
Uma das integrantes do grupo, Lurdinha Vasconcelos, afirma que as mulheres continuarão tentando dialogar com o poder público municipal sobre as reivindicações e também as protocolarão na Câmara de Vereadores e na Vara da Mulher, no Fórum de Cariacica.
O grupo também questiona: “Por que a Força Nacional de Segurança não conteve a violência no município?”. Os bairros que estão sob a guarda nacional Flexal I; Flexal II; Graúna; Padre Gabriel; Castelo Branco; Rio Marinho; Jardim de Alah; Jardim Botânico; Alzira Ramos; Nova Rosa da Penha; Nova Esperança; Bandeirantes; Maracanã; Vila Izabel; Vista Mar; Campo Belo; Bela Aurora; Cariacica-Sede; Prolar; Aparecida; Porto de Santana; Porto Novo; Itacibá; Nova Brasília; Nova Valverde; Mucuri; Campo Grande e Vila Capixaba, o que tem de atividades culturais, suporte familiares, atividades de formação profissional para tirar esses ou essas adolescentes e jovens da mira do tráfico?”.
“Segundo a Organização Mundial da Saúde [OMS], a dependência química é doença. Portanto, a pessoa doente precisa ser tratada, e Cariacica é o único município da Grande Vitória que não tem Centro de Atenção Psicossocial. Famílias perdidas e transtornadas, muitas ameaçadas pelo familiar durante os surtos do uso, e sem tratamento adequado no município”, alerta o manifesto.
O Fórum de Mulheres de Cariacica é integrado pelo Movimento de Mulheres de Cariacica (Momuca), Associação de Mulheres de Cariacica em Libertação (Amucabuli), Associação de Mulheres de Cachoeirinha, Pastoral Operária e Centro de Estudos Bíblicos do Espírito Santo (Cebi/ES), Comissão da Mulher Advogada OAB – 11ª subseção, Federação das Associações de Moradores de Cariacica (Famoc), Associação CostumesArtes – Banco Sol, Coletivo Kizomba ES, Marcha Mundial das Mulheres Estado e Frente pela legalização do aborto ES, além de mulheres que não integram nenhuma entidade.