Um boletim geral interno que circulava pelo Comando da Polícia Militar na tarde desta sexta-feira (17) amplia a lista de PMs indiciados por crime de revolta, motim. A lista inicial trazia 154 policiais, subiu para 703 e agora tem 1.151. Esse número representa mais de 10% do efetivo da Corporação, que é de cerca de 10 mil homens.
Familiares e mulheres de policiais que ocupam os acessos dos quartéis, batalhões e unidades da PM há 14 dias, impedindo a saída de viaturas, classificam a nova lista como mais uma tentativa do governo do Estado de aumentar a pressão sobre o movimento.
Na tarde desta sexta-feira (17) uma nova rodada de negociação reuniu representantes do movimento de familiares de policiais, das associações de militares, da Arquidiocese de Vitória e da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES). Os familiares dos policiais, após analisarem a nova proposta do governo, recusaram, alegando que a proposta ainda está longe do que reivindica o movimento.
Um dos pontos da proposta do governo, talvez a mais importante, assegurava que não haveria inquéritos contra os militares. Ao mesmo tempo que o governo submetia a proposta ao movimento, o Comando da PM confeccionava a nova lista de PMs indiciados ampliada.
Os familiares e mulheres dos militares não aceitaram a proposta e uma nova reunião seria realizada na noite desta sexta-feira, quando o movimento apresentaria uma contraproposta ao governo.