O deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) lembrou que os policiais estavam preparados para fazer a prova e davam como certa a realização do exame que permitiria uma evolução na graduação desses profissionais.
O parlamentar também lembrou que, quando o Estado age desta forma, a segurança pública não ganha com a atitude, porque a realização da prova não se trata de um privilégio, mas de um direito adquirido pelos policiais militares, que têm a possibilidade de acesso a uma nova graduação, com novo patamar da carreira. “Quero registrar aqui minha indignação com o que foi feito mais uma vez e claramente no sentido de vingar-se da PM por aquilo que ocorreu em fevereiro”, disse Majeski, se referindo à paralisação do policiamento em fevereiro deste ano por 22 dias, em virtude do protesto de familiares dos policiais militares.
De acordo com o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Estado (ACS/PMBM-ES), sargento Renato Martins Conceição, por mais que o governo afirmar que são medidas de reestruturação, não há mais como esconder o viés punitivo das ações. “Essa mudança afetou principalmente os policiais mais novos, esses tidos por muitos como os maiores responsáveis pela paralisação”, conta ele.
No entanto, o sargento aponta que a maior razão dos eventos de fevereiro foi a falta de diálogo e de valorização dos policiais militares, não a ação dos profissionais ou dos familiares.