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O Movimento de Mulheres, Familiares e Amigos de Policiais e Bombeiros Militares apresentou uma nova proposta ao Comitê Permanente de Negociação do governo do Estado. A expectativa é que o governo aceite a nova proposta e  greve seja encerrada à meia-noite desta terça-feira (14), pondo fim a paralisação que entrou no seu décimo dia nesta segunda-feira (13) 
 
Informações de fontes próximas aos interlocutores que participaram da reunião realizada na tarde desta segunda-feira afirmam que o governo do Estado já teria aceitado a proposta. No documento, o movimento se diz sensibilizado pelo clamor público pelo fim da paralisação e também reconhece a dificuldade financeira do governo para atender, neste momento, ao reajuste salarial de 47%.
 
Em contrapartida, o movimento reivindica o pagamento de escalas-extras, auxílio-alimentação e reajuste no auxílio-farda. O auxílio-alimentação seria no valor de R$ 300 – benefício que hoje não é pago. Já o reajuste no valor do auxílio-farda subiria de R$ 900 para R$ 1.7 mil. O auxílio-farda é pago anualmente. 
 
A escala-extra foi o atalho encontrado para o policial ter resultados imediatos no bolso. Hoje um praça (soldado a subtenente) entra ganhando inicialmente cerca de R$ 2,2 mil. Eles já recebem (inclusive os oficiais) por três escalas-extras/mês. Caso a proposta seja aprovada, receberiam mais duas ou três. No caso do praça, isso poderia representar um ganho extra de R$ 600 a R$ 720 sobre o piso inicial de R$ 2,2 mil. 
 
A proposta também prevê a anistia de punições disciplinares e criminais a policiais que supostamente estariam incitando o movimento paredista. 
 
Há ainda outros pontos relacionados a promoções, revisão de cargas horária de trabalho e instituição da exigência do curso de bacharel em Direito para ingresso no Curso de Formação de Oficiais (veja abaixo a proposta completa).
 
A escala-extra seria uma forma de melhorar imediatamente os vencimentos dos policiais sem que o governo precise conceder o reajuste de 47%, o que poderia causar um efeito cascata em todo o funcionalismo, que também reivindica o reajuste salarial (reposição da inflação) previsto na Constituição Federal, que não está sendo pago pelo governo. O governador Paulo Hartung (PMDB) alega que se pagar o reajuste, romperá o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 
 
Diálogo permanente com o governo e análise da arrecadação no final de maio deste ano para avaliar se o Estado tem condições de negociar o reajuste não atendido, é outro ponta da proposta. 
 
Veja a nova proposta do Movimento de Mulheres, Familiares e Amigos de Policiais e Bombeiros Militares
 

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