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Homem executado na Praia do Canto confirma que violência cruzou a fronteira da periferia

Incensada pelo governo do Estado, a redução dos índices de violência se mostrou frágil depois da paralisação do policiamento ostensivo durante 22 dias do mês de fevereiro deste ano. Naquele período o foram mais de 200 homicídios e nos três primeiros meses de 2017 foram 403, o que projeta um índice de 40 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Nesta quarta-feira (3), um homem identificado como João Batista de Amorim foi executado por volta das 11 horas na Praia do Canto, em Vitória, um dos metros quadrados mais valorizados do Estado.

Informações de testemunhas dão conta que o homem foi perseguido por outros dois antes de ser alvejado por, pelo menos, quatro tiros. Ele morreu pouco depois de ser atingido, na calçada da rua Desembargador Sampaio.

Com a vítima e no veículo que conduzia foi encontrada a quantia que totalizava R$ 2 mil. O dinheiro não foi levado e ainda não foi esclarecida a motivação do crime.

Depois da paralisação do policiamento ostensivo, o Estado viu crescer a sensação de insegurança. Em um mês, foi a segunda execução em local público e movimentado, demonstrando que não houve, nos casos, a preocupação dos criminosos em permanecer incógnitos.

No início do mês de abril, João Walbert Valério Pereira foi executado com 19 tiros na praça de alimentação do Shopping Boulevard, em Vila Velha, em uma noite de sábado, dia de intenso movimento no estabelecimento. O atirador não se preocupou em esconder o rosto e saiu tranquilamente. Ainda não há notícias de identificação ou prisão dos criminosos.

No caso desta quarta-feira, a execução se deu na hora do almoço, horário de movimento na região, que tem restaurantes de alto padrão. Essa sensação de insegurança, com homicídios ocorrendo em áreas nobres à luz do dia, mostra que a sensação de segurança não retornou depois da paralisação, com o aumento também dos crimes patrimoniais.  

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