sexta-feira, novembro 15, 2024
21.9 C
Vitória
sexta-feira, novembro 15, 2024
sexta-feira, novembro 15, 2024

Leia Também:

Interno do sistema prisional busca indenização por ter ficado cego na prisão

Um interno do sistema prisional busca, na Justiça, reparação de danos depois de ter ficado cego do olho esquerdo ao ser atingido por tiros de bala de borracha durante uma incursão do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar no Complexo de Viana.

O fato aconteceu em julho de 2009, na cela de triagem do Complexo de Viana, quando o BME realizou uma operação de revista no local. Depois da operação, sem explicação lógica ou estratégia operacional, um integrante do BME disparou contra o interno, atingindo o pescoço e o olho esquerdo, causando cegueira permanente.

Segundo o advogado do interno, Ricardo Ribeiro, a Polícia Militar chegou a instaurar inquérito, alegando a tese de que o disparo fora acidental, o que considera infundado, já que o BME é a tropa de elite da Polícia Militar do Estado e de treinamento especial.

Além disso, o fuzil, arma disparada contra o interno, conta com trava de segurança que precisa ser destravada para que seja disparada. De acordo com relatos da vítima e de outros internos, o disparo foi realizado com o intuito de causar pânico entre os apenados.

O interno só foi levado para atendimento médico depois de quatro dias do disparo, quando também passou por exame de corpo de delito.

A defesa do interno pede reparação do Estado no valor de 150 salários mínimos e que o interno seja indenizado pelos ganhos que deixará de ter em virtude da lesão permanente sofrida em decorrência da redução da capacidade laborativa na forma de pensão, até a data em que ele completaria 65 anos.

Mais Lidas