Apesar do retorno parcial da Polícia Militar no Estado, o movimento encabeçado por mulheres de militares segue a frente dos batalhões e quartéis da PM, impedindo a saída de viaturas e equipamentos para as ruas. Outro problema é o contingente de policiais que ainda não voltaram ao serviço devido a licenças médicas. A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) ignora a existência de “policiais baixados”, além de não fornecer dados concretos sobre os casos de violência desde o início da paralisação, nas primeiras horas do último dia 4.
No decreto anterior assinado pelo vice-governador César Colnago (PSDB) – no exercício da chefia do Executivo –, o governo transferiu o controle da segurança pública ao general de Brigada Adilson Carlos Katibe, que é o comandante da Força-Tarefa Conjunta em atuação no Estado durante o motim da PM. Os efeitos dos decretos tiveram início no último dia 6, quando as tropas do Exército começaram a auxiliar no policiamento nas ruas.
Jungmann: ‘Permaneceremos o tempo necessário’
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, admitiu que a atuação das Forças Armadas poderá ser ampliada, caso o sistema de segurança pública não esteja recuperado. A declaração foi feita à Rádio CBN Vitória, após a repercussão negativa da notícia sobre o fim do uso das tropas no Estado. “Por questão burocrática, o decreto precisa estabelecer o prazo de duração da GLO [Garantia da Lei e da Ordem] por questões legais. Mas eu quero reafirmar à população capixaba: nós permaneceremos o tempo que for necessário. Até que se superem as dificuldades na segurança pública do estado”, afirmou.
A Operação Capixaba tem toda logística concentrada no 38º Batalhão de Infantaria (BI), localizado em Vila Velha. A missão conta com a participação das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), além de forças federais, como a Força Nacional e as Policias Federal e Rodoviária Federal, bem como a Polícia Civil capixaba.