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Justiça nega novo habeas corpus a policiais presos a mais de 100 dias

O desembargador Sérgio Luiz Teixeira da Gama, do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), negou novo pedido de habeas corpus impetrado pela defesa dos seis policiais militares presos preventivamente há mais de 110 dias no Quartel do Comando Geral (QCG), em Maruípe, Vitória, acusados de participação no episódio ocorrido nas imediações do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Vila Velha, em 25 de fevereiro, onde formou-se uma confusão generalizada.

Na ocasião, último dia da paralisação da Polícia Militar, que já durava 22 dias, durante a desmobilização houve uma confusão entre familiares de policiais e representantes da Corregedoria da PM com acusações de truculência contra o coronel Ilton Borges, que culminou em um bate-boca entre oficiais e soldados. Neste dia, o coronel iria cumprir um mandado de prisão contra o capitão Lucínio Assumção, militar da reserva e ex-deputado federal, que também está preso.

A defesa pediu o habeas corpus alegando constrangimento ilegal na manutenção da prisão preventiva em face de ausência de fundamentação e do periculum libertatis, ou seja, os acusados não oferecem perigo se colocados em liberdade; e ofensa ao princípio da proporcionalidade.

No relatório, o magistrado considerou que não foram comprovados os requisitos para ensejar a concessão de liminar. Assim como em outros habeas corpus, o desembargador apontou que as matérias consignadas no pedido serão analisadas quando da apreciação do mérito, quando serão aprofundadas.

Apesar de estarem sendo acusados de agredir o coronel e os oficiais que os acompanhavam, a defesa dos soldados sustenta que não houve agressões. Para corroborar, foram apresentados nos pedidos de habeas corpus – que foram negados – imagens das câmeras de videomonitoramento do local da confusão e de vídeos feitos pelos próprios policiais que mostram que os soldados não agiram com violência.

Além disso, um dos soldados presos sequer estava no local do fato. Ele havia passado a noite em outro local e não havia voltado para as imediações do 4º Batalhão.

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