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Mais de um terço da população do Espírito Santo já foi vítima de violência

A Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ) lançou nesta quinta-feira (5) a Pesquisa Nacional de Vitimização, levantamento feito pela primeira vez o Brasil, em cidades com mais de 15 mil habitantes. O estudo foi feito em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). 
 
O levantamento mostra que, enquanto três em cada dez brasileiros sofrem algum tipo de violência, dois em cada dez procuraram a polícia para registrar a ocorrência. 
 
A pesquisa foi apresentada pela secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Ela disse que a baixa notificação está relacionada à oferta insuficiente de serviços de segurança pública, além da falta de confiança na polícia. De acordo com o levantamento, aproximadamente 80% dos entrevistados disseram confiar pouco ou não confiar nas polícias Militar e Civil. Segundo o estudo, 18% confiam muito na Polícia Militar e 16,6% na Civil. 
 
No Estado, 16,2% dos entrevistados disseram confiar muito na Polícia Civil. Em Vitória,  esse índice cai para 10,3%. Em relação à Polícia Militar, 17,9% das pessoas ouvidas no Estado disseram confiar muito na população, e na Capital o índice ficou em 15,9%. 
 
Dos entrevistados na pesquisa no Estado, 33,3% disseram já ter sido vítima de violência, sendo que 22,1% foram vítimas de alguns dos 12 tipos de violências que constavam no levantamento nos últimos 12 meses. 
 
Apesar de mais de um terço dos entrevistados terem respondido que sofreram algum tipo de violência, apenas 18% notificaram os casos às autoridades. 
 
Os tipos de violência pesquisados pelo Ministério da Justiça foram furto de carro, moto e objeto; roubo de carro, moto e objeto; sequestro; fraude; acidente de trânsito; agressão; ofensa sexual; e discriminação. 
 
A secretária também ressaltou que a subnotificação de ocorrências acontece em lugares onde há maior deficiência de serviços técnicos e postos à disposição da população. Além disso, há aqueles em que faltam delegacias e Polícia Judiciária. Regina Miki salientou que todas essas deficiências, aliadas à desconfiança nas polícias mostram ao governo federal que há necessidade de oferecer tecnologia e capacitação em determinadas regiões do País. 
 
No total, roubo de carros apresentou maior taxa de notificação (90%), seguido pelo roubo de moto (80,7%). Os casos em que as vítimas procuram menos a polícia são discriminação (2,1%), ofensa sexual (7,5%), fraudes (11,6%) e agressões (17,2%). 
 
    

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