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Mais uma vítima de linchamento no Estado

Na última sexta-feira (29), mais um caso de “justiça com as próprias mãos” culminou na morte da vítima. Alécio Souza de Carvalho, de 27 anos,  foi espancado até a morte no bairro Barramares, em Vila Velha, depois de ser acusado de roubar uma bicicleta.

Os casos de “justiçamento” ocorrem no Estado sem que seja dada publicidade à prisão dos suspeitos destes crimes, isto quando há investigação e a prisão dos agressores. Enquanto não há punição dentro do rigor da lei, os bárbaros que cometem os linchamentos, se sentem motivados pata continuarem fazendo a chamada  “Justiça com as próprias mãos”, um retrocesso para as instituições democráticas.

Nos últimos anos, o Estado tem registrado casos de grande repercussão de linchamentos seguidos de morte dos agredidos. Em 6 de abril de 2014, o adolescente Alailton Ferreira, de 17 anos, foi espancado por moradores do bairro Vista da Serra II, na Serra, depois de ter sido injustamente acusado de ter tentado estuprar uma menina de nove anos e roubar uma moto. Menos de 48 horas depois de ter sido internado, Alailton morreu.

O primeiro suspeito foi preso mais de um mês depois da morte de Alailton. No entanto, Nicolas Pontes Marques não estava sendo procurado pelo crime. Ele foi preso durante uma operação de combate à comercialização de produtos piratas. Somente depois de detido, foi reconhecido e confessou participação no linchamento.

Naquele mesmo ano, o trabalhador da construção civil, Jeferson Bento, de 39 anos, foi espancado e morto em Linhares (norte do Estado), acusado injustamente de ter cometido um estupro. Apesar de os acusados terem se apresentado à policia, não ficaram presos, já que não havia mais flagrante.

Enquanto estes casos se tornam cada vez mais comuns no Estado, não há contrapartida por parte do poder público para impedir que o cidadão pratique o justiçamento. Sobre a morte de Alécio, não houve qualquer manifestação por parte da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) condenando a prática e apontando que serão realizadas investigações para solucionar o caso.

Neste caso, há apenas uma postagem na página do Facebook da Delegacia de Crimes contra a Vida (DCCV) de Vila Velha comunicando o homicídio consumado e pedindo informações da população.  

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