O líder comunitário Evandro Figueiredo
em que relata a situação de abandono no policiamento no bairro. Ele ressalta que em dezembro de 2014, a 4ª Companhia recebeu 45 policiais militares. Destes, 23 já foram deslocados para outras regiões, impactando o policiamento no bairro, que tem 60 mil habitantes.A situação se agrava ainda mais à noite. Entre 22 e 8 horas, são apenas quatro policiais militares e duas viaturas que fazem o policiamento em 13 bairros da região continental de Vitória, compreendida entre a Ponte da Passagem e o Jardim Camburi. Essa região tem 150 mil habitantes, o que representa 40% dos moradores de Vitória.
Desde o início do novo mandato do governador Paulo Hartung (PMDB) foram feitos cortes lineares em todas as áreas – incluindo áreas essenciais. Uma das primeiras medidas na área de segurança foi recolhimento de 54% dos smartphones utilizados pelas equipes da Polícia Militar que atuam nos bairros.
Os aparelhos eram destinados a policiais que faziam policiamento a pé, de bicicleta ou a cavalo e serviam para que os PMs acessassem o banco de dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para verificar dados dos cidadãos. Os telefones complementavam o serviço das viaturas, que já são dotadas de computador de bordo.
Além disso, o uso do smartphone aproximava as comunidades das equipes que faziam o policiamento em cada região. Os crimes ocorridos nos bairros poderiam ser reportados diretamente aos policiais que atuavam nas comunidades, desafogando, assim, a rede do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes). O corte de 54% de aparelhos e linhas dos smartphones equivale a cerca de 800 telefones.