A audiência aconteceu na noite desta quinta-feira (15) e reuniu dezenas de moradores da região, operadores de segurança pública e vereadores para discutir a insegurança nas comunidades. Foram inúmeros os relatos de roubos e os moradores questionaram quais investimentos na segurança pública no município.
Somente a localidade de Braço do Rio tem aproximadamente 15 mil habitantes. No entanto, apenas uma viatura é responsável por fazer o patrulhamento em 12 comunidades.
Uma das participantes da audiência pública apontou que a casa dela já havia sido invadida três vezes e outra moradora lembrou que foi assaltada com os dois filhos e roubaram até as sandálias das crianças. A moradora Jéssica Lopes questionou as autoridades presentes sobre quais medidas seriam adotadas para reverter o quadro de violência no município e para onde estão indo os recursos para segurança no distrito de Braço do Rio, diante de tanta violência vivenciada pelos moradores.
As respostas dos operadores de segurança pública responsáveis pela região foram difusas e não apresentaram soluções objetivas para os problemas dos moradores.
O comandante do 13º Batalhão, Paulo Duarte, disse que duas viaturas fazem o patrulhamento de 12 comunidades, sendo apenas uma 24 horas por dia. Já o comandante do o Comando de Polícia Ostensiva (CPO-Norte), tenente-coronel Irineu Firmino dos Santos creditou o aumento da violência a problemas sociais, como o desemprego.
Somente o delegado titular da Delegacia de São Mateus, Isaac Gagno, lembrou do baixo efetivo policial responsável pela retaguarda da região norte e solicitou recursos humanos para dar apoio às atividades da Polícia Civil na região.
O deputado estadual Gilsinho Lopes (PR) apontou que, enquanto a população do município cresceu, o número de policiais diminuiu. Ele disse que os dados coletados na audiência serão entregues ao secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia.