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Peritos vão deliberar sobre novos protestos em assembleia

Tadeu Nicoletti informa que atos serão no Centro de Vitória e na Reta da Penha

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Tati Beling/Ales

O Sindicato dos Peritos Oficiais do Espírito Santo (Sindiperitos) vai realizar assembleias com a categoria nestas quinta e sexta-feira (24 e 25), para deliberar sobre a realização de novas manifestações. Desta vez, além do envio do estatuto e da tabela de subsídios da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) para a Assembleia Legislativa, os trabalhadores vão protestar contra a aprovação do PL de autoria do Executivo que cria o cargo de oficial de investigado de polícia (OIP), já que a proposta repassa para o novo cargo atribuições da Polícia Científica.

As assembleias serão na porta da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), em Barro Vermelho, Vitória. O presidente do Sindiperitos, Tadeu Nicoletti, informa que as manifestações ocorrerão em frente à Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger), no Palácio da Fonte Grande ou no Palácio Anchieta, e na Reta da Penha. Os trabalhadores vão definir os dias da semana nos quais os protestos acontecerão.

Nessa terça-feira (22), a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp) publicou a Portaria 262-S, na qual estabelece a criação de um grupo de trabalho para “elaboração de norma de procedimento com as responsabilidades e atuação dos integrantes da PCIES e PCES [Polícia Civil do Espírito Santo] na identificação criminal, resguardada a competência da PCIES na gestão e administração do sistema de identificação criminal”.

O grupo de trabalho será composto por representantes da Sesp e das duas corporações e não agradou aos peritos. “A identificação criminal é atribuição da Polícia Científica, não deveria estar em discussão na Sesp, é invasão de atribuição”, diz Tadeu.

Também nessa terça, os peritos marcaram presença nas galerias da Assembleia Legislativa, como têm feito semanalmente. “Eles estão com nariz de palhaço e creio que isso tem relação com o projeto aprovado [de autoria do Executivo]. O avanço de uma categoria não pode significar o retrocesso ou a retirada de direitos de outra”, disse a deputada estadual Camila Valadão (Psol), que afirmou que essa situação acaba “jogando uma categoria contra a outra”.

Janete de Sá (PSB) afirmou que “não podemos prejudicar uma categoria em detrimento da outra, já que precisam viver em harmonia, pois fazem trabalhos próximos”. José Esmeraldo (PDT) se manifestou no tocante à valorização salarial. “Fica feio olhar a relação de salários e os peritos lá no fundo do poço. Isso para o governador não é bom. Sou da base do governo, mas não sou subordinado”, disse. Marcelo Santos (União), presidente da Casa, se dirigiu aos trabalhadores nas galerias e informou que terão que eleger representantes para se reunir com os parlamentares na próxima semana para discutir as demandas da Perícia, mas não apontou data para isso.

A reunião é para tratar da criação da comissão para discutir o estatuto e a tabela de subsídios da Perícia. A iniciativa partiu do próprio Marcelo Santos, durante a votação do projeto de lei que cria o cargo de oficial de investigado de polícia (OIP). Tadeu afirma que a categoria espera que seja dada “a celeridade que a questão requer”, uma vez que a Perícia está sem estatuto e prossegue com a mais baixa média salarial do país. Tanto o estatuto quanto a tabela de subsídios foram criados em uma comissão formada pelo perito geral Carlos Alberto Dal-Cin, o sindicato e a Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger). O prazo de envio dos documentos para Assembleia era 30 de setembro, mas isso não se concretizou.

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