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Policial acusado de matar médica responde agora a processo administrativo

O policial civil Hilário Antonio Fiorot Frasson, apontado como mandante da morte de sua ex-mulher, a médica Milena Gottardi, em setembro do ano passado, em Vitória, responde agora a processo administrativo disciplinar.
 
A médica Milena Gottardi, foi baleada na cabeça quando saía do trabalho, no estacionamento do Hospital das Clínicas (Hucam). Após ser socorrida em estado gravíssimo e passar quase um dia internada, teve a morte cerebral confirmada.
 
O crime teve repercussão nacional por sua barbárie. Uma semana depois, o ex-marido da médica, o policial civil Hilário Frasson, foi preso acusado de ser o mandante do crime. Também foi preso o pai do policial, Esperidião Frasson, igualmente apontado como mandante. Primeiro foram presos o executor do crime, Dionathas Alves Vieira, e dois intermediários, Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palaoro Filho.
 
O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto pela resolução nº 002/2018, de 3 de janeiro de 2018. A resolução foi publicada no Diário Oficial (DIO) desta sexta-feira (5) e é assinada pelo presidente do Conselho de Polícia Civil, Guilherme Daré de Lima.
 
Diz o ato que o PAD é “em desfavor do servidor policial  Hilário Antonio Fiorot Frasson, nº funcional 2496534, pelo(s) indício(s) de suposta(s) prática(s) de transgressão(es) disciplinar(es) prevista(s) no art. 192, incisos XXXVII, XXXVIII, XLI, XLVI, LXIII e LXXXI e art. 3º, incisos VII, XI e XIII, da Lei 3.400/81 e suas alterações legais e outra(s) porventura descrita(s) nos fatos da indigitada Portaria”.
 
As apurações, como determina, ficam a cargo da 1ª Comissão Permanente, “que deverá iniciar os trabalhos tão logo seja publicado o presente ato, citando o(s) acusado(s) mencionado(s), dando-lhe(s) ciência do inteiro teor da referida Portaria, respeitando a ampla defesa e o contraditório”.

Feminicídio

 
O assassinato da médica Milena Gottardi, foi tipificado pela Polícia Civil como feminicídio, que é caracterizado pela violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
 
No caso da médica, o comportamento do acusado de alertar de pessoas próximas sobre o que ocorria na intimidade do casal já dava indícios do que poderia acontecer o pior. Em uma carta escrita pela médica e registrada em cartório, ela relatou temer pela própria vida no momento da separação, em virtude do comportamento agressivo do marido e de ameaças sofridas.
 
Nos crimes de feminicídio, os autores são geralmente próximos às vítimas e mais comumente mantém relacionamentos íntimos com elas.

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