Durante o trajeto, os participantes marcharam e entoaram palavras de ordem, como “sustenta” e “fora, Paulo Hartung”. A marcha culminou na Residência Oficial do governador, na Praia da Costa.
O governo, em contrapartida, tenta criminalizar e invisibilizar o movimento dos familiares dos policiais militares. A manifestação, por outro lado, mostra que o movimento está firme e segue se fortalecendo.
A estratégia do governo para tentar desmobilizar o movimento dos familiares passa pela criminalização dos próprios militares e das famílias. Pela manhã, em coletiva de imprensa, o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, disse, mesmo antes do início das investigações, que os atentados ao transporte coletivo são atos de grupos radicalizados dentro do movimento, que tentam desestabilizar a vida das pessoas.
André Garcia também levantou suspeitas sobre o assalto no Convento da Penha, ocorrido nesta segunda-feira (13), em que o frei Beto Engel, de 80 anos, foi amarrado e agredido, dizendo que o caso entrará no rol de investigações especiais. Ele também atribuiu a violência ao frei a grupos radicais.
A tática do governo desde a noite de segunda-feira tem sido criminalizar os policiais militares e invisibilizar o movimento de mulheres, que ocupam as portas dos batalhões.
No Diário Oficial dessa terça-feira, o governo anunciou a lista dos 154 policiais submetidos ao Conselho de Disciplina sem, no entanto, publicar as portarias de instauração dos processos, ou seja, não há ainda o motivo da instauração dos procedimentos.