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Sem acordo, mulheres de PMs avisam que movimento não tem data para acabar

O Movimento de Familiares, Mulheres e Amigos de Policiais e Bombeiros Militares seguem nas portas dos quartéis, batalhões e unidades da PM. As mulheres afirmam que se mantêm firmes no movimento, mesmo após o governo alegar que não retomará as negociações enquanto as unidades da PM continuarem bloqueadas. O movimento entrou nesta terça-feira (21) no 18º  dia. Elas têm convicção que se saírem das portas dos batalhões não negociações não serão retomadas pelo governo.

O sentimento das participantes é que continuarão nas portas dos batalhões pelo tempo que for necessário. As mulheres acreditam que, aos poucos, a população percebe que as demandas do movimento também refletirão na melhoria da segurança para a população, ou seja, se as demandas forem atendidas, toda a sociedade seria beneficiada.

Mesmo o governo afirmando que não vai negociar enquanto as mulheres permanecerem nas portas dos batalhões, a expectativa é que haja uma chamada para uma rodada de negociações, já que não houve negociações de fato, apenas a negativa integral da pauta de reivindicações do movimento.

A expectativa, na ocasião da apresentação da pauta de negociações nesta segunda-feira (20) era que, pelo menos, houvesse a análise da proposta pelo governo. No entanto, o que houve foi mais uma negativa de negociações, com a afirmação que qualquer conversa estaria suspensa enquanto as mulheres permanecerem nos batalhões.

A tentativa do governo é desmobilizar as mulheres, mas outras medidas, como o anúncio da extinção do Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) e do Batalhão de Missões Especiais (BME), não desmobilizaram o movimento, que segue firme, mesmo com o governo alegando que tem menos gente na porta dos batalhões.

Notificações

As medidas para enfraquecer o movimento das mulheres também foram mantidas. Duas das dez mulheres que estão sendo intimadas pela Justiça – em ação movida pelo governo – já foram notificadas para que deixem as portas dos batalhões.

Uma delas, inclusive, já peticionou através do advogado informando que já havia deixado a porta do Quartel do Comando Geral (QCG), em Maruípe, Vitória, e que não pretende voltar ao local.

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