Os policiais civis no município convivem com a sobrecarga de trabalho, acúmulo de função, estresse e desmotivação. As delegacias e distritos policiais têm poucos servidores, o que também prejudica o atendimento à população.
Na delegacia de Itacibá, visitada por representantes do sindicato, atua um delegado, dois escrivães, um investigador e um agente de polícia. A unidade atende a aproximadamente 40 bairros de Cariacica com espaço apertado e sem acessibilidade.
O atendimento ao público é feito em local apertado e sem ventilação, mas o cartório é no segundo andar do prédio, acessado por dois lances de escadas, ou seja, inacessível para quem tenha dificuldade de locomoção.
Do lado de fora da delegacia existe uma caixa de esgoto que está entupida, vazando da porta lateral até a rua. O Serviço de Manutenção e Zeladoria da Polícia Civil (SMZ) foi acionado pelos policiais em março deste ano, mas não houve inspeção.
Os policiais da delegacia estão sobrecarregados e atendem mensalmente cerca de 260 inquéritos policiais, 35 termos circunstanciados e, aproximadamente, 350 boletins de ocorrência. Por conta do baixo efetivo, apenas um policial atende a demandas externas.
A situação do Distrito Policial de Cariacica Sede é ainda mais precária. A casa em que funciona a unidade está coberta de mofo e infiltrações, com instalações elétricas e hidráulicas completamente deterioradas.
O Cartório da unidade tem ratos que espalham fezes por todo o setor e roem todo o material apreendido que fica entulhado no local.
No prédio em que funcionam os distritos policiais de Campo Grande e de Jardim América a sobrecarga de trabalho é a principal queixa dos policiais.
A delegacia de Campo Grande abrange uma circunscrição de 40 bairros. Com um quadro operacional composto por três investigadores e um agente, os servidores estão constantemente submetidos a uma sobrecarga intensa de trabalho interno e externo, por vezes atendendo a população após o fechamento do expediente.
Já a unidade Jardim América, que precisa atender 44 bairros, conta apenas com dois investigadores e dois escrivães. Um investigador deixou as atividades em função da aposentadoria e até hoje, o número de pessoal da unidade que já é baixo, não foi atualizado.
