A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) concedeu novo aditivo ao contrato da Viesa Alimentação, responsável pela prestação dos serviços de alimentação e nutrição aos presos da Penitenciária de Segurança Máxima II (PSMA II) de Viana. Pelo aditivo, o contrato fica prorrogado por 90 dias, podendo ser rescindido tão logo a conclusão de um novo procedimento licitatório.
A empresa é alvo constante de aplicação de multas e penalidade por irregularidades na prestação dos serviços. Foi no Centro de Detenção Provisória Feminino de Viana que a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo (OAB-ES), flagrou a direção mandando devolver as marmitas fornecidas pela Viesa por estarem “estragadas e fedendo”.
À comissão as presas relataram que já foram encontrados pedaços de plástico, vidro, madeira, sacolas e insetos misturados à comida. Elas também disseram que, por não conseguirem identificar o tipo de carne servido, apelidaram de “carne de monstro”. Os vômitos e diarreias provocados pela comida de péssima qualidade são constantes.
O Ministério Público do Estado (MPES) instaurou inquérito civil para apurar denúncia sobre a má qualidade das refeições servidas às internas do (CDPFV). O inquérito foi instaurado na 26ª Promotoria Cível de Vitória, que já determinou a expedição de ofício dirigido ao secretário de Estado da Justiça, Sérgio Alves Pereira, requisitando todos os contratos celebrados entre o Estado e a empresa que fornece as refeições, além de documentação sobre as multas aplicadas por infrações contratuais.