Esta é mais uma medida que vai contra o que os servidores vêm lutando desde o início deste ano. Em 2015 não foi concedido reajuste salarial, sequer foi feita a revisão anual dos salários, não houve reajuste no auxílio-alimentação e, no fim do ano, não será concedido abono.
O atual governo continua a repetir o discurso da suposta crise que o Estado enfrenta, mas os verbas milionárias para empresas de comunicação e os benefícios a grupos empresariais – na forma de renúncias fiscais – continuam sendo liberados.
Este foi, inclusive, o mote do protesto dos servidores estaduais realizado nesta quarta-feira (28), em que foi “descomemorado” o Dia do Servidor. Desde o inicio do ano as entidades sindicais vêm tentando exaustivamente sensibilizar o governo no sentido de que cumpra o que determina a Constituição Federal, ou seja, que proceda reposição da inflação dos últimos doze meses, fixação de uma data-base, concessão do auxílio-alimentação reajustado pelo índice acumulados de inflação desde 1997, negociação coletiva conforme determina a Lei Complementar 46/94.
Enquanto o governador reforça o discurso da crise (mesmo havendo recursos), o governo acumula caixa para apresentar contas saneadas e superávit no fim do ano, consolidando o discurso de que, graças à sua capacidade de gestão, o Estado superou este momento.