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‘Apagão’ demonstra força dos servidores à estratégia de intimidação do governo

O “apagão” dos serviços públicos, promovido pelo Fórum das Entidades de Servidores Públicos do Estado (Fespes) foi encerrado na tarde desta sexta-feira (18) com uma manifestação que reuniu diversas categorias em frente à Chefatura de Polícia, na Reta da Penha, em Vitória. Assim como nas manifestações anteriores, foram distribuídos chuchus para a população, em analogia à sobra na “marmita” do servidor diante das negativas em atender às reivindicações do funcionalismo. O protesto, que mobilizou milhares de servidores em todo o Estado, é uma demonstração de força dos servidores públicos, que não se curvaram às estratégias de intimidação do governo para desarticular o movimento.

Durante o ato público desta sexta, como aconteceu nos outros três dias de protestos, os servidores distribuíram chuchus à população e explicaram a real situação dos serviços públicos no Estado, com sucateamento, defasagem salarial e falta de benefícios.

 Fotos: Leonardo Sá/Porã

A receptividade ao movimento cresceu com o passar dos dias. Desde a terça-feira (15), primeiro dia de protesto, foram feitas assembleias setoriais nos órgãos, secretarias e autarquias em que foram debatidas as reivindicações das categorias.

 

O “apagão” dos servidores se espalhou pelo interior do Estado. Em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, os servidores do Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases) também realizaram assembleia setorial nesta sexta-feira.

O governo tentou, durante todo o período de realização do “apagão”, invisibilizar o movimento e criminalizar os atos públicos por meio de ações questionando o “apagão”, sob a alegação que seria um movimento grevista, portanto, fora dos padrões da legislação.

No entanto, a Justiça tem entendido que é direito constitucional dos servidores realizarem assembleias setoriais e atos públicos demonstrando a insatisfação com o atual governo. Contraditoriamente, o governo vem buscando a via judicial para questionar o movimento em vez de chamar os servidores para dialogar de maneira direta, sem subterfúgios para justificar a falta de atendimento às reivindicações dos servidores.

O “apagão” dos serviços públicos não pode ser caracterizado como greve, já que se trata de assembleias setoriais realizadas com o objetivo de debater pontos de pauta de interesses das categorias, que são a recomposição das perdas salariais dos últimos 12 meses, o estabelecimento de uma data base, o pagamento imediato do auxílio alimentação e a criação de uma mesa permanente de negociação com o governo.

Estas assembleias foram, inclusive, devidamente convocadas em editais públicos, o que garante aos servidores a participação legítima nos encontros.

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