Segundo o documento, a mineradora atingiu lucro de R$ 7,1 bilhões apenas no segundo trimestre de 2017, o que representa aumento de 288% em relação ao ano anterior. No entanto, a proposta da Vale contempla apenas a reposição da inflação corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e a empresa apresentou proposta de retirada de benefícios odontológicos, se negando a assinar um conjunto de cláusulas de garantias gerais que constam na pauta de reivindicações dos trabalhadores, que já estão sendo assinada por algumas categorias e empresas em negociações no período e conferem equilíbrio na relação trabalhista.
Os parlamentares solicitam à presidência da Vale reconsideração e que faça esforços no sentido de apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. As prioridades são reposição integral da inflação nos salários, manutenção das cláusulas do acordo vigente, ganho real nos atuais salários, abono salarial, garantia de todos os serviços médicos, assistenciais e odontológicos, e pactuar clausulas de garantias gerais trabalhistas.
A preocupação dos deputados, segundo o documento, está na apreensão que existe entre os trabalhadores, que estão receosos de retrocessos e consideram injustos os cortes de benefícios nos acordo coletivo de trabalho, tendo em vista o lucro fabuloso alcançado pela empresa, que é fruto do empenho e dedicação de seus empregados.
O Sindicato dos Ferroviários do Espírito Santo e Minas Gerais (Sindfer), que representa os trabalhadores do Estado nas mesas de negociação, considera que é possível a apresentação de uma proposta mais vantajosa, principalmente diante do lucro alcançado pela empresa.
