As matérias foram aprovadas sem discussão com a sociedade e com os servidores. A pretexto de economia de despesas foi reduzido o percentual de insalubridade dos servidores da área de saúde e foram feitos cortes de escalas de horas extras.
Dos assistentes sociais que se filiaram ao Sindsaúde, 42 trabalham diretamente na área de Saúde e outros 80 são servidores de outras secretarias municipais.
Com a mudança aprovada pelos vereadores, a insalubridade de 20% para os servidores do município não será mais calculada a partir do salário base como referência, mas sim pelo menor salário da prefeitura, que é de R$ 950.
Além do Sindsaúde, o Sindicato dos Médicos do Estado (Simes), dos Odontólogos (Sinodonto-ES) e dos Enfermeiros (Sindienfermeiros-ES) também se uniram para repudiar a proposta.
Em assembleia na última semana, os médicos decidiram fazer ações de protesto contra a matéria. Os profissionais da saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS) farão dias de paralisação em rodízio, sendo a cada dia de uma categoria profissional.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os médicos continuarão com a Operação Padrão, atendendo conforme preconizam o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina no Estado (CRM-ES). Os profissionais apontam que não irão ceder à pressão de gestores que assediam moralmente os profissionais, pedindo favores ao médico em busca de resolutividade e atendimento rápido aos pacientes.
Também serão realizadas blitze nos locais de trabalho, para denúncias de irregularidades, além de manifestações em pontos estratégicos, em datas ainda a serem definidas.