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Ato público de trabalhadores da Cesan cobra providências do governo do Estado

Os trabalhadores da Companhia Espírito Santense de Abastecimento (Cesan), que deflagraram greve nesta terça-feira (18), realizaram um ato público na tarde dessa quarta com passeata que saiu da Praça Oito, no Centro de Vitória, em direção ao Palácio Anchieta, sede do governo do Estado. No local, os trabalhadores foram recebidos pelo chefe da Casa Civil do governo do Estado, Paulo Roberto, e pelo secretário de Governo, Robson Leite, e expuseram a real situação dos servidores da empresa pública.

A greve dos servidores foi considerada legal pela Justiça do Trabalho. O Estado ingressou com mandado de segurança para requerer liminar determinando a ilegalidade do movimento. No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES) considerou que a greve é legal e determinou a garantia de manutenção de 50% da operação. Mesmo com a determinação, os trabalhadores mantêm 100% da produção.

Nessa segunda-feira (17) houve uma mediação entre a Cesan e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado (Sindaema) na Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE) e a empresa ofereceu antecipação de 2% do índice de reajuste salarial e do tíquete alimentação. O sindicato não aceitou, por considerar que a proposta não é coerente com a situação da Cesan, que está longe de uma crise financeira.

O sindicato alega que o momento favorável para a Cesan já surgiu com o aumento da tarifa de água em 10,59%.

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Espírito Santo (Sindaema-ES), a direção da Cesan manteve a posição intransigente de não dialogar e apresentou como proposta simplesmente a manutenção dos benefícios atuais.

Além disso, os servidores apontaram que a Cesan é conduzida desde 2003 pela administração do atual governo e que o sindicato não concorda em transferir aos servidores os eventuais problemas de gestão.

A empresa tem cinco diretorias indicadas pelo governo. Cada diretor recebe mensalmente R$ 23,7 mil de honorários, acrescidos de gratificações. Cada diretor pode indicar dois assessores pessoais. Além dos assessores diretos, a diretoria da Cesan tem a prerrogativa de indicar toda a equipe, composta por 17 gerentes, seis coordenadores, dezenas de chefes divisionais e de polos no interior do Estado. Para todos esses, a diretoria concedeu reajustes de até 90% nas gratificações e aumento acima de R$ 5 mil para alguns assessores ad nutum, que são aqueles de livre exoneração. O Sindaema irá ingressar com uma ação judicial questionando esse aumento, que é ilegal.

Além das indicações previstas em lei, foram criados grupos especiais de trabalho que recebem gratificações. Esses pagamentos não têm nenhuma previsão no Plano de Cargos e Remuneração da empresa, prejudicando a situação de caixa.

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