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Audiência de conciliação entre Cesan e Sindaema termina sem acordo

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado (Sindaema) e da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) se reuniram na tarde desta segunda-feira (24) no Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES) para uma audiência de conciliação presidida pelo desembargador José Carlos Rizk, presidente do Tribunal. Os trabalhadores estão em greve desde a última terça-feira (18) por conta do impasse nas negociações. 
 
Na audiência, que durou menos de meia hora, o advogado da empresa pública afirmou não existir nenhuma possibilidade de acordo e não apresentou qualquer proposta. Foi dado um prazo de cinco dias para que a Cesan se manifeste quanto aos documentos apresentados pelo sindicato.
 
Depois do prazo, os autos vão ser enviados ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para parecer e serão posteriormente encaminhados ao relator do processo, desembargador Jailson Pereira da Silva. 
 
Com a falta de acordo, os trabalhadores permanecem em greve e realizam uma assembleia nesta sexta-feira (28) para avaliar o movimento. 
 
Os trabalhadores reivindicam reposição salarial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), correção do valor do tíquete-alimentação, dentre outros pontos. A categoria tem data-base em maio. De acordo com o sindicato, desde o final de abril foram realizadas várias reuniões com representantes da empresa, todas sem sucesso.
 
Para o Sindaema, a direção da Cesan manteve a posição intransigente de não dialogar e apresentou como proposta simplesmente a manutenção dos benefícios atuais.
 
Além disso, os servidores apontaram que a Cesan é conduzida desde 2003 pela administração do atual governo e que o sindicato não concorda em transferir aos servidores os eventuais problemas de gestão.
 
A empresa tem cinco diretorias indicadas pelo governo. Cada diretor recebe mensalmente R$ 23,7 mil de honorários, acrescidos de gratificações. Cada diretor pode indicar dois assessores pessoais. Além dos assessores diretos, a diretoria da Cesan tem a prerrogativa de indicar toda a equipe, composta por 17 gerentes, seis coordenadores, dezenas de chefes divisionais e de polos no interior do Estado. Para todos esses, a diretoria concedeu reajustes de até 90% nas gratificações e aumento acima de R$ 5 mil para alguns assessores ad nutum, que são aqueles de livre exoneração. O Sindaema irá ingressar com uma ação judicial questionando esse aumento, que é ilegal.
 
Além das indicações previstas em lei, foram criados grupos especiais de trabalho que recebem gratificações. Esses pagamentos não têm nenhuma previsão no Plano de Cargos e Remuneração da empresa, prejudicando a situação de caixa.

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