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Bancários aceitam proposta da Fenaban e põem fim à greve mais longa desde 2004

Terminou na noite desta quinta-feira (6) a mais longa greve dos bancários desde 2014. Depois de 31 dias de paralisação, os trabalhadores se reuniram no Centro Sindical dos Bancários, em Vitória, para analisar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada em negociação com o Comando Nacional dos Bancários nesta quarta-feira (5).

Cerca de 400 bancários compareceram ao Centro Sindical e aprovaram, além da proposta da Fenaban, os acordos específicos do Banestes, Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, todos aditivos à Convenção Coletiva de Trabalho. os bancários da Caixa do Rio de janeiro e de São Paulo, porém, não aceitaram o acordo.

A Fenaban propôs reajuste para 2016 de 8%, mais abono de R$ 3,5 mil; além de reajuste de 15% no tíquete alimentação; 10% no vale-refeição; e 10% no auxílio-creche e babá. A proposta também contempla 20 dias de licença paternidade e um centro de realocação e requalificação profissional.

Para 2017 os bancos propõem reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. Quanto aos dias parados, a Fenaban propôs que todos os dias sejam compensados, sem prazo limite. Os dias parados serão anistiados.

A proposta sofreu duras críticas dos trabalhadores presentes na assembleia que concordaram que, apesar de aceitarem a proposta, devem manter a mobilização e a resistência contra a retirada de direitos.

O diretor do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES)  e representante do Estado no Comando Nacional dos Bancários, Idelmar Casagrande, destacou que a proposta é insuficiente diante do lucro dos bancos, já que não repõe a inflação e impõe perdas à categoria. O que os bancos querem, em conjunto com esse governo federal ilegítimo, é impor uma derrota à classe trabalhadora, e os ataques que estão por vir atingirão a todos; é o arrocho salarial, a reforma da previdência, a terceirização, a perda de direitos. Muita coisa está sendo orquestrada e precisa da nossa resistência”, disse ele.

Já o coordenador-geral da entidade, Jonas Freire, destacou que foi necessária uma greve histórica para quebrar a intransigência dos bancos, mas ressaltou que a luta da categoria não termina com a aprovação da proposta, e sim perdura na busca  da garantia de emprego, melhores condições de trabalho e atendimento digno aos clientes.

Nesta quinta-feira, último dia da greve dos bancários, 359 agências fecharam no Estado, sendo 191 na Grande Vitória e 168 no interior. Na Grande Vitória paralisaram 40 agências da Caixa Econômica Federal, 44 do Banco do Brasil, 56 do Banestes, 15 do Santander, 15 do Bradesco, 16 do Itaú, cinco do HSBC e uma do Safra.

Também fecharam os prédios do Centro de Processamento de Dados (CPD) do Banestes e do Banco do Brasil; do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e três departamentos da Caixa, além da Superintendência Norte e Sul da instituição, e a Superintendência do Banco do Brasil.

No Interior são 168 agências fechadas, sendo 45 da Caixa, 51 do Banestes, 57 do Banco do Brasil, três do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e 12 de bancos privados.

Nacionalmente, a greve dos bancários alcançou 13.123 agências e 43 centros administrativos com atividades paralisadas, o que representa 55% dos locais de trabalho em todo o País.

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