O Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) aguarda o agendamento de uma reunião urgente com o diretor-presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande, sobre o fechamento da agência Graciano Neves, no Centro de Vitória. O pleito foi apresentado ao secretário-chefe da Casa Civil, Davi Diniz, após ato realizado na última quinta-feira (19) em frente ao Palácio da Fonte Grande, quando também foi entregue um abaixo-assinado com mais de 1,8 mil adesões. A categoria tem pressa, já que o encerramento das atividades está prevista para o dia 10 de janeiro, logo após o recesso.
A expectativa dos bancários, que realizaram mais um café da manhã em forma de protesto, era de serem recebidos pelo governador Renato Casagrande, o que não aconteceu. Davi Diniz se reuniu com uma comissão formada pelo coordenador-geral do Sindicato dos Bancários, Jonas Freire; o deputado estadual Sergio Majeski (PSB); a produtora cultural Stael Magesck, representando os moradores do Centro de Vitória; o presidente da União dos Lojistas do Centro e diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória (CDL), Sidney da Costa Ferreira; e o assessor parlamentar Everton Martins, do mandato da deputada estadual Iriny Lopes (PT).
“Nós falamos dos prejuízos da medida, tanto para os moradores do Centro, clientes e comerciantes, quanto para os bancários e para o próprio Banestes, que sairia enfraquecido com o fechamento dessa agência. Parece-nos que a iniciativa de encerrar as atividades da Graciano Neves vem da direção do Banestes, que nem sequer atendeu ao nosso pedido de informações ou agendou reunião conosco. Esperamos, agora, uma resposta por parte do Governo do Estado”, afirmou Jonas Freire.
Segundo os presentes à reunião, Diniz garantiu encaminhar os documentos ao governador e à Presidência do Banestes, para que sejam dados os devidos encaminhamentos.
A manifestação começou às 8h de quinta, quando foi servido um café da manhã e coletadas as últimas assinaturas antes da entrega do abaixo-assinado. No último dia 13, bancários, moradores do Centro de Vitória e comerciantes locais já haviam realizado um protesto em frente à agência, quando foi servido um café da manhã em frente à unidade para dialogar com a população e cobrar a manutenção dos serviços por parte do banco estadual. Durante o ato, foram distribuídos os biscoitos doces popularmente chamados de “mentiras”, simbolizando a quebra de compromisso do governador, que, quando candidato ao governo, assinou um documento garantindo que não iria privatizar o Banestes nem adotar medidas para seu enfraquecimento.
A agência Graciano Neves funciona no local há mais de 40 anos e atende a cerca de seis mil correntistas. Além do fechamento de agências, a categoria denuncia a terceirização de setores estratégicos e demissões, ameaças que favorecem a privatização do Banestes.