A reestruturação foi anunciada pela presidente da Caixa, Mirian Belchior, em 10 de março, sob a alegação de que traria fortalecimento para o banco e adequação à conjuntura atual. No entanto, para o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), o pano de fundo para esta reestruturação é o desmonte da instituição e do papel social dela, com fortalecimento das áreas de negócios para adequação à lógica de mercado.
Os bancários relataram aos negociadores como as mudanças já implementadas estavam afetando a vida dos funcionários, o que os impressionou. Para o CEE, a reestruturação enfraquece o banco, desmotiva os empregados e afeta o atendimento ao cliente. Combinada com a ausência de contratação de concursados e com o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), mostra que o discurso de valorização das pessoas está distante da realidade dos empregados da empresa.
A reestruturação promove a fusão de unidades de matriz, com a migração de atividades operacionais para centralizadoras e filiais, com graves impactos para os empregados. Coincidentemente, a reestruturação foi anunciada depois de a Caixa ter divulgado lucro líquido de R$ 7,2 milhões em 2015 – um aumento de 0,6% em relação a 2014 – o que, para o sindicato, demonstra que a justificativa econômica não é a razão para as medidas.
Para o Sindibancários, o aumento na lucratividade deveria ser condição para ampliação de investimentos no banco e valorização do quadro de funcionários, principalmente com a contratação de mais empregados.