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Bancários definem estratégias para a greve que inicia nesta terça-feira

Em assembleia geral realizada na noite desta segunda-feira (5), os bancários capixabas decidiram manter aberto o autoatendimento das agências bancárias durante a greve da categoria que começa nesta terça-feira (6). A decisão faz parte das estratégias traçadas para o movimento paredista, que será por tempo indeterminado.

“Nossa intenção é atingir as grandes transações para pressionar os bancos, impactando o mínimo possível a população”, explica o coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Jessé Alvarenga, que representa o Espírito Santo e a Intersindical no Comando Nacional da categoria.

Na assembleia, os bancários reafirmaram a crítica à proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a necessidade de fazer uma greve forte e unificada para arrancar um acordo que contemple as reivindicações da categoria. “Enquanto os bancos lucram, os bancários sofrem com o adoecimento físico e psicológico decorrente da pressão por metas, do assédio moral e das péssimas condições de trabalho. A categoria precisa ser valorizada e respeitada, por isso contamos com a adesão de todos os bancários e bancárias”, salienta Jessé.

O coordenador geral do sindicato destaca que a greve é também por respeito aos clientes. “A população é prejudicada com a carência de empregados e com a cobrança das altas taxas de juros e tarifas. Nossa greve também é por dignidade e respeito ao cliente. Queremos mais contratações para reduzir o tempo de espera e garantir melhor atendimento aos usuários dos bancos, além da redução dos juros e tarifas bancárias, que no Brasil estão entre as mais altas do mundo”.

A greve acontece após cinco rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários (Contraf) e a Fenaban. Os representantes patronais não atenderam às reivindicações da categoria no que diz respeito às cláusulas de saúde, condições de trabalho, igualdade de oportunidades e também às cláusulas econômicas. O reajuste salarial proposto pelos bancos foi de apenas 5,5%, índice que sequer cobre a inflação do período de data-base, que é de 9,88%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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