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Bancários definem estratégias para a greve que inicia nesta terça-feira

Os bancários e bancos públicos e privados se reuniram em nova assembleia nesta segunda-feira (5), no Centro Sindical da categoria, para definir as estratégias da greve nacional que começa a partir desta terça-feira (6). Na atividade, eles avaliaram que manterão abertas as áreas de autoatendimento.

Aconteceram plenárias organizativas também nas subsedes de Colatina, no noroeste do Estado; Cachoeiro de Itapemirim, no sul; e em Linhares, no norte do Estado para construir a paralisação nas agências do interior.

O coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Jonas Freire, ressaltou a crítica à proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a necessidade de fortalecer a greve para pressionar as negociações nacionais. “Os bancos são o setor que mais lucra no País, mas se recusam a negociar uma proposta digna de reajuste. Além disso, nenhuma reivindicação referente às condições de trabalho, como contratações, fim das metas e do assédio moral, foi contemplada. A postura dos banqueiros é intransigente e desrespeitosa com a categoria, e não nos deixa opção senão a greve”, diz Jonas.

Após quatro rodadas de negociação, a Fenaban apresentou proposta rebaixada de 6,5% de reajuste para salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), auxílios refeição, alimentação e creche, mais abono de R$ 3 mil. A proposta não contempla as reivindicações de emprego, igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho, e não repõe sequer a inflação do período, projetada para 9,57% (em agosto). O índice representaria perda de 2,8% nos salários da categoria.

Jonas salientou que a greve não é só por salário, reforçando as pautas sociais da minuta. “A população brasileira paga as mais altas tarifas do mundo e sofre todos os dias com a carência de empregados nas agências. Os bancários trabalham sobrecarregados, adoecidos, e a população amarga longas filas, sem a qualidade merecida no atendimento. Nossa greve também exige mais contratações e a redução dos juros e tarifas. A atividade bancária é uma concessão pública e precisa servir para democratizar o acesso ao crédito e gerar desenvolvimento, e não para explorar a população”.

A greve dos bancários acontece nacionalmente e será por tempo indeterminado. “Esperamos que a Fenaban apresente em breve uma nova proposta que contemple as reivindicações da categoria e que esteja de acordo com a lucratividade dos bancos, que só no primeiro semestre do ano chegou a R$ 29,7 bilhões”, ressalta Jonas.

Dentre as principais reivindicações dos bancários estão reajuste salarial, com reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real; PLR de três salários mais R$8.317,90; piso salarial de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$880 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões; mais contratações; fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

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