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Bancários fecham 18 agências no Estado em greve contra a reestruturação

Também foram fechadas seis unidades administrativas e a superintendência estadual do BB

Nesta sexta-feira (29), bancários do Banco do Brasil fizeram uma greve 24 horas contra a reestruturação da instituição financeira, anunciada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Sindibancários) contabilizou que, das 90 agências do BB no Estado, 18 foram fechadas no protesto, sendo 15 na região metropolitana e três no interior; além de seis unidades administrativas e a superintendência estadual. 

Na Grande Vitória, as agências que fecharam foram as de Campo Grande e Jardim América, em Cariacica; Jardim Limoeiro e Carapina, na Serra; Avenida Carlos Lindemberg, Centro, Praia da Costa e Itapoã, em Vila Velha; e Leitão da Silva, Fernando Ferrari e Praia do Canto, em Vitória. No prédio da Pio XII, no centro da capital, foram fechadas as agências Pio XII, Empresa Vitória, Empresa Porto e Setor Público, além da superintendência e seis sedes administrativas.

Foram fechadas agências da Grande Vitória e do interior. Foto: Sindibancários

No interior foram fechadas as agências de Ibiraçu e Aracruz, no norte; e Anchieta, no sul. Representantes do sindicato se dividiram nas unidades, de acordo com a entidade, para fortalecer a mobilização junto aos funcionários e dialogar com a população sobre os motivos da greve. Cartazes e faixas também foram afixados nas agências para informar sobre a paralisação e denunciar a reestruturação.

A reestruturação prevê a demissão de cinco mil trabalhadores e o fechamento ou mudança de perfil de 361 agências. No Espírito Santo ainda não há números oficiais do impacto da iniciativa do governo Federal, mas estima-se que 17 agências serão impactadas, sendo que oito delas podem ser fechadas. 

“Além de prejudicar o atendimento à população, principalmente de pequenas cidades, o pacote de mudanças também ataca os funcionários e funcionárias. Bancários há anos com a função de caixa tiveram a comissão retirada, o que representa uma redução salarial drástica”, denuncia o sindicato. O movimento paredista acontece nacionalmente. Para o Sindibancários, a reestruturação pode comprometer o papel social do banco do Brasil, trazendo impacto para toda a população. 

“Teremos como saldo imediato dessa reestruturação a precarização do atendimento à população. Além disso, sabemos que as medidas pavimentam o caminho para a privatização do Banco do Brasil, intenção já anunciada pela equipe econômica do governo Bolsonaro. O BB é um importante instrumento para gestão das políticas públicas, a democratização do acesso ao crédito e o fomento do desenvolvimento socioeconômico. Precisamos defendê-lo como patrimônio público e valorizar o seu corpo funcional”, diz a diretora do Sindicato, Maria Goretti Barone.

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