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Bancários rejeitam proposta da Fenaban e greve segue sem previsão de acabar

Terminou sem acordo mais uma negociação entre a Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancarios, iniciada na tarde desta quarta-feira (28). Os empresários propuseram acordo com validade de dois anos, sendo que para 2016 mantiveram a proposta rebaixada de reajuste de 7%.

A proposta da Fenaban consistia em reajuste de 7% para 2016, mais abono de R$ 3,5 mil. Para 2017, a proposta dos banqueiros era de reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais aumento real de 0,5%. Os vales e auxílios seriam corrigidos pelos respectivos índices. A proposta foi rejeitada na mesa de negociação.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) orienta a realização de assembleias para a próxma segunda-feira (3) para debater os rumos do movimento. Além disso, espera que a Fenaban faça novas propostas.

No Estado, fecharam nesta quarta-feira 356 agências, um recorde de paralisação e de tempo de greve. Nesta quarta, a greve nacional completou 23 dias e já é maior do que a de 2015, que durou 21 dias.

Das 356 agências fechadas, 190 são na Grande Vitória e 166 no interior. Também estão fechados três departamentos da Caixa Econômica Federal, e os prédios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Centro de Processamento de Dados do Banestes (CPD) e do Banco do Brasil. Na Grande Vitória, estão paralisaram 40 agências da Caixa, 56 do Banestes e 43 do Banco do Brasil.

No interior fecharam 45 agências da Caixa, 49 do Banestes, 57 do Banco do Brasil e três do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Entre os bancos privados, 63 agências fecharam em todo o estado, sendo 17 do Santander, 19 do Bradesco, 19 do Itaú, sete do HSBC e uma do Safra.

No Bandes houve a tentativa de criminalizar o movimento dos bancários. A direção do banco chamou a polícia para intimidar os trabalhadores depois de ter convocado todos os funcionários para o trabalho, sem que as negociações tivessem terminado.

O Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) considera a prática antissindical e um desrespeito ao movimento paredista. A entidade ressalta que desde o início da greve a direção do banco tem tentado intimidar os trabalhadores com o envio de cartas com o pedido de não adesão à greve.

Dentre as principais reivindicações dos bancários estão reajuste salarial, com reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real; PLR de três salários mais R$8.317,90; piso salarial de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$880 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões; mais contratações; fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas; e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários. 

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