A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba instituições financeiras como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 6.030 postos. A Caixa Econômica Federal foi responsável pelo fechamento de 4.429 postos.
Esse grande índice da Caixa deve-se principalmente aos Programas de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE). E a tendência é que o número de fechamento de postos de trabalho aumente.
De acordo com o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), o governo Michel Temer deu sequência ao desmonte dessa instituição financeira com anúncio de um novo PDVE, feito no dia 17 de julho, para eliminar cerca de 5,4 mil postos de trabalho. Assim, totalizam-se os 10 mil empregados que o PDVE anterior, finalizado em março, pretendia demitir, mas cuja adesão foi de 4.645 empregados, segundo a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
Quem também abriu um PDVE e vai aumentar ainda mais os futuros índices de fechamento de postos de trabalho é o Bradesco, primeiro banco privado a dar início às demissões em massa após a aprovação da reforma trabalhista no Senado.
“Não somos responsáveis pela crise, mas, neste momento, quem paga por ela somos nós, trabalhadores e trabalhadoras. E isso acontece mesmo no setor financeiro, onde os lucros são muito altos. Ainda assim os bancários e bancárias estão sendo penalizados com demissões sumárias ou por meio de PDVE”, protesta o coordenador geral do Sindibancários, Jonas Freire.