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Bancos fecharam quase 10 mil postos de trabalho em 2017

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) os bancos fecharam 9,6 mil postos de trabalho no País entre janeiro e maio de 2017. Nenhum estado apresentou saldo positivo de emprego bancário. Todos tiveram fechamento de postos de trabalho. São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados mais impactados por esse enxugamento do quadro, com fechamento de 2.804 (29,1%), 1.322 (13,7%) e 1.049 (10,9%) postos bancários, respectivamente.

Na segmentação por Setor de Atividade Econômica a análise revela que os “bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, entre outros bancos menores, foi responsável pela maioria dos postos fechados (-4.960 postos ou 51,6% do total). A Caixa Econômica Federal foi responsável pelo fechamento de 4.368 postos (45,4% do total de postos fechados). Esses dados revelam o impacto do Plano de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), anunciado pela Caixa em 7 de janeiro de 2017.

“Todos os bancos aplicam a mesma política de enxugamento no número de funcionários, de sobrecarga de trabalho, do lucro pelo lucro a custa de vidas humanas. Essa política se assemelha muito com a do próprio governo federal, que, assim como os bancos, quer precarizar as condições de trabalho, basta analisar iniciativas como a terceirização irrestrita, as reformas trabalhista e da Previdência”, diz o coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Estado (sindibancários-ES), Jonas Freire.

Já a diretora do sindicato, Lizandre Borges, ressalta que “o PDVE deixa a Caixa cada vez mais sem condições de atender a demanda que chega por causa da sobrecarga de trabalho dos bancários e bancárias, que tem aumentado consideravelmente. A redução brusca de funcionários compromete a prestação de serviços do banco, inclusive a gestão de políticas sociais, como as de habitação, o Bolsa Família, entre outros”.

Faixa Etária

Os bancários admitidos concentraram-se na faixa etária até 24 anos de idade, com saldo positivo em 2.457 postos. Os desligamentos concentraram-se nas faixas etárias superiores a 25 anos e, especialmente, entre 50 a 64 anos, com fechamento de 6.597 postos de trabalho.

Entre os 18.324 desligados, 46,6% estavam no emprego há 10 anos ou mais e 18,4% permaneceram entre 5 e 10 anos no emprego.

Desigualdade

As 4.409 mulheres admitidas nos bancos nos cinco primeiros meses de 2017 receberam, em média, R$ 3.530,69. Esse valor corresponde a 67,3% da remuneração média auferida pelos 4.294 homens contratados no mesmo período.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres é observada também na demissão. As 9.306 mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos entre janeiro e maio de 2017 recebiam, em média, R$ 6.397,68, o que representou 79,0% da remuneração média dos 9.018 homens que foram desligados dos bancos no período.

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