No entanto, o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) aponta que a alta rentabilidade é fruto de uma gestão que visa ao desmonte da Caixa 100% pública.
No último ano, a pretexto de uma reestruturação, a caixa vem adotando medidas de cortes de funcionários, aumento no valor das tarifas bancárias e suprimindo direitos dos trabalhadores.
Essa redução reflete no número de funcionários nas agências bancárias, gerando sobrecarga de trabalho em níveis alarmantes, provocando o adoecimento dos trabalhadores. Somente em 2017, 4.429 bancários foram desligados da instituição por meio do Programa de Desligamento Voluntários Extraordinários (PDVE).
Em contrapartida, o número de clientes cresceu em 3,2% nos últimos 12 meses, fazendo com que a Caixa acumule 83,8 milhões de contas de pessoas físicas e 2,4 milhões de pessoas jurídicas. Na ponta, os clientes também saem prejudicados à medida que a instituição diminui o contingente de funcionários, o que provoca filas e demora nos atendimentos.
O Sindibancários defende a Caixa enquanto instituição pública A carteira de crédito alcançou saldo de R$ 715 bilhões, avanço de 4,5% em 12 meses e participação de 22,8% no mercado. O crescimento das operações de habitação, saneamento. Infraestrutura e crédito consignado foram os principais responsáveis pela evolução no período. A carteira imobiliária alcançou saldo de R$ 412,9 bilhões, enquanto as operações de saneamento e infraestrutura totalizaram R$ 78,9 bilhões. Esses números demonstram a importância do papel social do banco, que é a principal instituição financiadora de habitação popular do País.