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Caixa Econômica apresentou lucro de R$ 3,4 bilhões entre janeiro e setembro de 2016

A Caixa Econômica Federal alcançou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões de janeiro a setembro deste ano, dos quais R$ 998,1 milhões foram somente no terceiro trimestre. O resultado operacional apresentou elevação no trimestre e alcançou R$ 811 milhões. No acumulado do ano, o resultado operacional avançou 8,7%, totalizando R$ 1,6 bilhão.

Apesar deste resultado positivo financeiro, o banco vem enfraquecendo o investimento nos trabalhadores, como vem sistematicamente denunciando o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES).

Recentemente, a juíza Natalia Queiroz Cabral Rodrigues, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, acatou pedido da ação civil pública impetrada pelo procurador Carlos Eduardo Brisolla, do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal e no Tocantins, determinando que a Caixa Econômica Federal apresente de estudo de dimensionamento do quadro de pessoal.A magistrada considerou que a contratação de dois mil empregados estava prevista na cláusula 50 do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, que não foi cumprida pela Caixa.

O último concurso realizado venceria em junho deste ano, mas o banco não deu previsão de fazer novas convocações em virtude da mudança no cenário econômico, que obrigou a revisão do planejamento estratégico.

Somente o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) eliminou 3 mil postos de trabalho no banco, já que a instituição não vai reocupar as vagas deixadas pelos funcionários que optaram por aderir ao PAA.

Do certame, realizado em 2013, mais de 30 mil candidatos foram habilitados ao cargo de técnico bancário, sendo que 2.093 foram nomeados. No Estado, 605 aprovados aguardam nomeação.

A redução nos postos de trabaho da instituição já é uma realidade que afeta aos trabalhadores. Somente nos cinco primeiro meses de 2016, o número de postos extintos chegou a 1.368 e diz respeito ao PAA da instituição, o que sobrecarrega o trabalho dos bancários nas agências.

Além disso, foi iniciada uma reestruturação na Caixa que, para o Sindibancários, representa o desmonte do banco e foi feita sem diálogo ou negociação com os trabalhadores. Para a entidade, o pano de fundo para a reestruturação é o desmonte da instituição e do papel social dela, com fortalecimento das áreas de negócios para adequação à lógica de mercado.

A reestruturação promove a fusão de unidades de matriz, com a migração de atividades operacionais para centralizadoras e filiais, com graves impactos para os empregados. Coincidentemente, a reestruturação foi anunciada depois de a Caixa ter divulgado lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015 – um aumento de 0,6% em relação a 2014 – o que, para o sindicato, demonstra que a justificativa econômica não é a razão para as medidas.

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