No entanto, segundo explica o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos de Vila Velha (Sinfais), Ricardo Aguilar, a medida acaba por, na verdade, retirar benefícios de servidores efetivos e temporários, beneficiando aos comissionados.
Ele diz que o projeto aprovado na Câmara modifica a redação da Lei 2.881/93, que estabelecia a gratificação por produtividade aos servidores efetivos, contratados temporários e comissionados, passando a vigorar apenas para servidores comissionados. Além disso, a função gratificada limita em R$ 600 o adicional que pode ser concedido aos servidores, quando a redação anterior estabelecia esta gratificação em até 100% dos vencimentos do servidor.
Aguilar acrescenta que as gratificações recebidas pelos servidores eram uma forma de ajuda, já que o salário – que é em média de R$ 880 – já está defasado.
Ele salienta que o Sinfais quer que seja aberto o diálogo com a prefeitura, já que o projeto foi aprovado de maneira autoritária, foi empurrado “goela abaixo” dos servidores. Aguilar afirma que, se o diálogo com os servidores não for aberto, existe a possibilidade de deflagração de greve geral no funcionalismo de Vila Velha.