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Cerca de 300 agências permaneceram fechadas nessa sexta-feira

A greve dos bancários chegou ao quarto dia nesta sexta-feira (9) com a paralisação de 298 agências em todo o Estado. No Brasil, já são mais de 10.369 unidades fechadas. Mesmo com o movimento dos trabalhadores ganhando força, os bancos não chamaram a categoria para negociar.

Ao todo foram paralisadas 175 agências na Grande Vitória e 123 no interior do Estado, sendo 100% das agências da Caixa Econômica Federal, além de nove departamentos do banco. Do Banco do Brasil, 41 unidades deixaram de funcionar. Entre os bancos privados, estão fechados dez agências do Santander, 12 do Itaú, quatro do HSBC, 11 do Bradesco e uma do Safra. No Banestes, 57 unidades aderiram ao movimento paredista.

No interior o número de agências paradas passou de 119 para 123 entre quinta e sexta-feira, sendo 37 da Caixa, 50 do Banco do Brasil, 24 do Banestes, uma do Santander, cinco do Itaú, uma do HSBC, quatro do Bradesco e uma do Banco do Nordeste.

Os bancários entraram em greve na última segunda-feira (6), depois de cinco rodadas de negociação com os bancos. Apesar dos altos lucros, os bancos privados e públicos negaram as reivindicações da categoria referentes à garantia de melhores condições de trabalho e ofereceram reajuste salarial abaixo da inflação, de apenas 5,5%.

Enquanto os trabalhadores convivem com péssimas condições de trabalho e tentativa de arrocho salarial, os bancos registram altos lucros.

Os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  Por isso, a categoria considera a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rebaixada.

Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 16%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; e piso salarial de R$ 3.299,66.

A Fenaban propôs um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 2,5 mil. O Comando Nacional dos Bancários (Contraf) considerou que o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.

Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e sequestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.

Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.

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