sábado, setembro 21, 2024
22.7 C
Vitória
sábado, setembro 21, 2024
sábado, setembro 21, 2024

Leia Também:

Cesan corta ponto de trabalhadores que participaram de assembleia e greve

Os trabalhadores da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) se surpreenderam com o corte de ponto referente aos dias 29 e 30 de maio, datas em que os trabalhadores se mobilizaram durante o Acordo Coletivo. O dia 30 de maio também marcou o primeiro dia de greve dos trabalhadores, encerrada no dia 6 de junho.

O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado (Sindaema) considerou a atitude arbitrária e vai recorrer para que os dias sejam abonados, já que a greve foi considerada legal pelo Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES).

Na última quarta-feira (29), no julgamento do dissídio coletivo dos trabalhadores, os desembargadores, além de considerarem o movimento legal, também determinaram o pagamento dos dias parados.

Além disso, estabeleceram em 9,5% o reajuste dos salários, o que representa ganho real de 1,5% e reajuste de 11% para os demais benefícios do Acordo Coletivo. A categoria reivindicava reajuste salarial de 9,83%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e ganho real de 3%.

O MPT-ES havia recomendado, além do abono dos dias parados, a correção de 8% para todas as cláusulas econômicas no dissídio coletivo.

A Cesan se recusou a negociar o Acordo Coletivo, colocando como empecilho para negociar a crise hídrica e econômica, apesar do ótimo resultado financeiro da companhia.

No início de maio, a Cesan deixou a mesa de negociação com os trabalhadores da empresa pública, jogando a responsabilidade pela negociação do Acordo Coletivo da categoria para a Justiça. O Sindaema e a Cesan tiveram apenas uma reunião para tratar do acordo, mas empresa ofereceu reajuste zero, deixando para a Justiça a decisão sobre manutenção ou não dos benefícios e o reajuste salarial.

Os trabalhadores chegaram a solicitar à Cesan uma nova reunião, que respondeu que considerava improdutivo realizar nova rodada de negociação, já que não haveria possibilidade de oferecer nova proposta, por conta da crise econômica que o País enfrenta.

O sindicato, então, em reunião interna, avaliou a possibilidade de dissídio consensual, com manutenção de benefícios, e marcou nova assembleia. No entanto, antes que a assembleia fosse realizada, a Cesan procurou o Sindaema para dizer que não aceitava mais as condições de dissídio consensual proposto pela própria empresa.

O Sindaema recorreu à Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE), que agendou uma audiência de conciliação para 24 de maio. Como não houve acordo, os trabalhadores decidiram por deflagrar greve em assembleia.

Mais Lidas