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Comunicado da direção do Incaper estipula medidas de contenção de gastos

Limitações em ligações telefônicas, em impressão de cópias e até mesmo em combustível para os veículos (cuja cota fixa mensal era de R$ 180,00, já insuficiente), além de restrição da participação dos servidores em congressos (fundamental para um órgão que tem caráter de pesquisa e extensão). Estas são algumas das medidas anunciadas pela direção do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) aos servidores. 

No documento, a diretoria assume a “gravidade da situação orçamentária e financeira deste Instituto” e “conclama a todos para necessidade de contenção e racionalização de gastos”, surpreendendo os servidores. 

Apenas para combustível, há a confirmação de um suplemento ao orçamento do Incaper, cujo novo valor não foi especificado. “O Incaper está recebendo um reforço financeiro da Seag [Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca], específico para combustível, o que permitirá, mesmo que ainda insuficiente, uma melhoria de ritmo das ações finalísticas do nosso Instituto”, diz o comunicado.

No site do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúbicos/ES), a categoria critica a medida, afirmando que a mesma “demonstra que o governo Casagrande, apesar de anunciar nota A em gestão e possuir R$ 1,6 bilhão em caixa com arrecadação crescente, mantém a política de desmonte do Incaper, prejudicando o atendimento aos agricultores capixabas”.

Para a Associação dos Servidores do Incaper (Assin), “falta responsabilidade do governador e do presidente do Incaper, visto que se omitem em discutir os pontos que foram propostos em um seminário realizado em parceria entre a Assin e o Incaper, em que ficaram definidas as linhas de ação para fortalecimento do Instituto, da agricultura familiar e da política pública de Ater e Pesquisa oficial estadual”.

Diante a essa política, o Sindipúblicos convoca os servidores públicos estaduais para estarem presentes na próxima Assembleia Geral Unificada, no dia 24 de outubro, às 10h, em frente ao Tribunal de Justiça.

As entidades que representam os servidores públicos estaduais já realizaram este ano três assembleias unificadas, chegando a declarar estado de greve das categorias. A principal reivindicação é pela concessão de 5,56% de recomposição salarial, correspondendo à inflação do período entre abril de 2018 e junho de 2019. Desde 2014, no entanto, o acúmulo é de 26,51%. 

Insistindo em só falar de reajuste de salário em 2020, o governador Renato Casagrande continua sendo pressionado pelos servidores a mudar de posição, sob ameaça de greve geral. 

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