A Ceturb, assim como outros órgãos que têm relação com o governo estadual, alegou que a situação econômica da empresa pública não permite o oferecimento de reajuste, já que a tarifa é a mesma há dois anos.
O Sindipúblicos apontou que o mínimo que a categoria aceita é a recomposição inflacionária do período. Diante do impasse, o desembargador deu prazo de cinco dias para que a Ceturb apresente a defesa, e depois o processo será enviado para o relator.
Esta foi mais uma negativa de concessão de recomposição do governo aos servidores. Em contrapartida, 2015 também foi um ano de pressão dos servidores para que o governo cumprisse o que determina a Constituição Federal, mas, a pretexto de uma suposta crise, o executivo negou até mesmo reivindicações sem qualquer repercussão financeira.
As principais reivindicações dos servidores públicos são a recomposição das perdas salariais dos últimos 12 meses, o estabelecimento de uma data-base, o pagamento imediato do auxílio alimentação, e a criação de uma mesa permanente de negociação com o governo.
Desde o início do ano, os servidores vêm pressionando o governo para que seja aberto um canal de diálogo. Os protestos sistemáticos que a categoria vem fazendo, porém, não têm sensibilizado a gestão estadual, que se mostra irredutível em negociar qualquer demanda que inclua reposição salarial ou revisão de benefícios.