De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há um déficit habitacional de 6,5 milhões de famílias e são justamente essas instituições financeiras as responsáveis pelo combate a esse déficit, por meio do financiamento com subsídio, o que possibilita a aquisição de moradia popular.
Além disso, o Banco do Brasil, outra instituição financeira federal que vislumbra a possibilidade de privatização, tem destaque no setor de fomento à agricultura familiar, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura (Pronaf), com investimentos em pequenos agricultores e, consequentemente, na produção de alimentos que chegarão às mesas da população.
Em março deste ano o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) lançou uma campanha em defesa do Banestes público e estadual diante da possibilidade de privatização da instituição.
Em 2016, o banco apresentou lucro líquido de R$ 161,4 milhões, o que representa aumento de 7% em relação ao ano anterior. O banco apresenta lucro todos os anos há, pelo menos, quatro anos. Nos últimos quatro anos, o banco só cresceu, sendo que em 2013 o lucro foi de R$ 109,9 milhões (crescimento de 43,8% em relação a 2012); em 2014, R$ 133,7 milhões, 21,6% a mais que em 2013; e em 2015 o lucro do Banestes foi de R$ 150,9 milhões, montante 12,8% superior em comparação a 2014.
Como acionista majoritário do Banestes, o governo do Estado fica com 92,37% dos dividendos distribuídos aos acionistas. Em 2016, esse valor chegou a R$ 53,25 milhões.
No mercado, especula-se que o valor da venda do banco seria de R$ 1,5 bilhão. Em contrapartida, a estimativa é que o Estado tenha deixado de arrecadar anualmente R$ 1 bilhão somente em 2015 em renúncias fiscais, concedidas a setores empresariais.
Com mais de 800 postos de atendimento, o Banestes é o único banco presente nos 78 municípios capixabas, sendo 19 deles atendidos apenas pelo banco estatal. O Banestes tem atualmente 2,5 mil funcionários.