sexta-feira, setembro 20, 2024
24.9 C
Vitória
sexta-feira, setembro 20, 2024
sexta-feira, setembro 20, 2024

Leia Também:

Coordenador-geral do Sindibancários avalia a greve histórica da categoria

A greve dos bancários terminou nesta quinta-feira (6) com um saldo positivo, apesar da proposta insatisfatória, segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Jonas Freire. A greve foi encerrada nesta quinta-feira e nesta sexta-feira (7) os bancos reabriram.

Segundo Jonas, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi insatisfatória por prever um índice de reajuste abaixo da inflação e por ser um acordo de dois anos, o que não atende às reivindicações da categoria.

Por outro ângulo, ele ressalta, o movimento dos bancários em si foi bastante vitorioso. Especificamente no Estado, as agências permaneceram fechadas nos 31 dias de greve, sempre em número crescente, até chegar a 359, o que corresponde a cerca de 80% das unidades. “O movimento começou e termino em uma crescente”, afirma ele.

A Fenaban propôs reajuste para 2016 de 8%, mais abono de R$ 3,5 mil; além de reajuste de 15% no tíquete alimentação; 10% no vale-refeição; e 10% no auxílio-creche e babá. A proposta também contempla 20 dias de licença paternidade e um centro de realocação e requalificação profissional.

Para 2017 os bancos propõem reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. Quanto aos dias parados, a Fenaban propôs que todos os dias sejam compensados, sem prazo limite. Os dias parados serão anistiados.

Jonas acrescenta que os bancários conseguiram esclarecer para a população, por meio de todos os canais de comunicação, que a culpa da greve era dos banqueiros, visto que os bancos registram lucros ininterruptamente e em cima dos juros dos cartões de crédito e das altas tarifas.

Para a próxima semana, a diretoria do Sindibancários deve se reunir e um dos pontos da pauta será a greve e os movimentos de resistência e mobilização da categoria.

O coordenador-geral lembra que nesta negociação surgiu uma nova questão, que é o acordo de dois anos. “Para nós tem outra pauta que contempla saúde, condições de trabalho, contratação de mais bancários e discussão sobre metas”, conta ele.

Jonas conclui que um dos êxitos dessa greve é que os bancários não só enfrentaram o setor patronal. “Mais do que isso, foi o primeiro movimento de greve no governo Michel Temer, de enfrentamento a uma nova orientação política e econômica”.

Mais Lidas