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Depois de quase duas semanas de silêncio, Fenaban chama bancários para negociar

Depois de quase duas semanas de silêncio, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) convocou o Comando Nacional dos Bancários para nova rodada de negociações nesta terça-feira (27). A última reunião foi realizada em 15 de setembro sem que fosse apresentada nenhuma nova proposta aos bancários, que intensificaram a greve nacionalmente.

No Estado, nesta segunda-feira (26) – 20º dia de greve – 353 agências fecharam, o que representa 78% das unidades. Na Grande Vitória fecharam 190 agências, incluindo todas as 40 da Caixa Econômica Federal; 56 entre as 58 agências do Banestes; 43 entre as 44 agências do Banco do Brasil; todas as 15 agências do Santander; as 15 do Itaú; as outras 15 do Bradesco; uma agência do Banco Safra; e as cinco agências do HSBC na Região Metropolitana.

Já no interior fecharam 163 agências, sendo 45 entre as 48 agências da Caixa, 46 das 56 agências do Banestes, 57 das 60 agências do Banco do Brasil, todas as agências do Bradesco, do Itaú e do HSBC.

O Comando Nacional dos Bancários havia enviado ofício na última sexta-feira (23) para a Fenaban solicitando o retorno das negociações. O pedido foi atendido nesta segunda-feira, marcando a reunião para terça-feira.

Negociações

Nas últimas duas rodadas de negociações a Fenaban não apresentou proposta nova. A proposta rebaixada consistia em reajuste de 7%, impondo perdas salariais à categoria.

A proposta se torna ainda mais baixa diante do lucro dos cinco maiores bancos que atuam no Brasil que, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no balanço financeiro das instituições, tiveram lucro líquido de R$ 29,7 bilhões nos primeiros seis meses do ano. Apesar de o montante ser 18,2% menor que no período de 2015, os bancos continuam com alta rentabilidade e se destacam entre os setores mais lucrativos do Brasil.

Dentre as principais reivindicações dos bancários estão reajuste salarial, com reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real; PLR de três salários mais R$8.317,90; piso salarial de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$880 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões; mais contratações; fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas; e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

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