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Dia Nacional de Luta dos trabalhadores da Caixa Econômica paralisa 13 agências no Estado

O Dia Nacional de Luta dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal, realizado nesta quarta-feira (3), teve adesão em massa dos bancários da instituição no Estado. Ao todo, foram retardadas as aberturas de 13 agências em protesto contra a precarização do trabalho na instituição e pela imposição de medidas de retirada de direitos históricos conquistados pela categoria.

Em Vitória foram paralisadas as agências da Praia do Canto, Enseada do Suá, Goiabeiras, Beira Mar e Vila Rubim; já na Serra, a abertura do banco foi postergada nas agências Laranjeiras, Carapina e Jardim Limoeiro;  em Cariacica a agência Jardim América ficou uma hora fechada; e, no interior, em Colatina (noroeste do Estado), as agências Colatina e São Silvano participaram da mobilização; os bancários de Vila Velha paralisaram as agências Vila Velha e Itaparica.

A manifestação teve solidariedade de clientes que se deparavam com as agências fechadas. Os bancários que participavam do Dia Nacional de Luta explicaram aos clientes os motivos da paralisação e as ameaças à categoria impetradas pelo atual presidente da instituição, Gilberto Occhi, indicado pelo presidente interino Michel Temer.

Os trabalhadores apontam que o atual presidente do banco iniciou uma ofensiva contra os trabalhadores, sendo a mais recente medida a tentativa de acabar com o pagamento de adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor. Além dessa medida, a atual gestão da Caixa intensificou o assédio moral, cobrança por metas, fim da incorporação da função após dez anos de trabalho, extinção das Representações de Retaguarda (Rerets) e aumento da escassez de empregados.

Além disso, os bancários alertam para a tentativa de privatização da Caixa Econômica, o que ameaça os direitos conquistados pela categoria. Para os trabalhadores, a principal bandeira do atual gestor do banco é o enfraquecimento da Caixa enquanto banco público, deixando a instituição pronta para a privatização. Isso se reflete no ataque aos direitos dos bancários e na tentativa de desmoralização da categoria.

A redução nos postos de trabaho da instituição já é uma realidade que afeta aos trabalhadores. Somente nos cinco primeiro meses de 2016, o número de de postos extintos chegou a 1.368 e diz respeito ao Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA) da instituição, o que sobrecarrega o trabalho dos bancários nas agências.

Além disso, foi iniciada uma reestruturação na Caixa que, para o Sindibancários, representa o desmonte do banco e foi feita sem diálogo ou negociação com os trabalhadores. Para a entidade, o pano de fundo para a reestruturação é o desmonte da instituição e do papel social dela, com fortalecimento das áreas de negócios para adequação à lógica de mercado.

A reestruturação promove a fusão de unidades de matriz, com a migração de atividades operacionais para centralizadoras e filiais, com graves impactos para os empregados. Coincidentemente, a reestruturação foi anunciada depois de a Caixa ter divulgado lucro líquido de R$ 7,2 milhões em 2015 – um aumento de 0,6% em relação a 2014 – o que, para o sindicato, demonstra que a justificativa econômica não é a razão para as medidas.

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