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‘É uma grata surpresa uma mulher na presidência do Banco do Brasil’

Sindibancários comemora a nomeação de Tarciana Medeiros, mulher nordestina e funcionária de carreira

Com uma história de 214 anos, o Banco do Brasil tem pela primeira vez em sua presidência um nome feminino. Tarciana Medeiros, de 44 anos, assumiu o posto nessa segunda-feira (16) e sua nomeação é comemorada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES). “É uma grata surpresa a nomeação de uma mulher para a presidência do Banco do Brasil”, diz a diretora da entidade, Goretti Barone.

Natural de Campina Grande, na Paraíba, Tarciana é administradora e funcionária de carreira da instituição financeira há 22 anos. Na empresa, passou por diversos cargos. Antes de ser indicada para a presidência do banco, ocupava a Diretoria de Clientes Pessoa Física, na Gerência Executiva de Ciclos de Relacionamento com Clientes.

Goretti destaca que o Banco do Brasil é uma instituição financeira com um perfil muito masculino, sendo, portanto, a nomeação de uma mulher, ainda mais sendo nordestina e funcionária de carreira, “uma quebra de paradigma”. “É uma conquista importantíssima para todas nós mulheres que ajudamos a escrever a história deste banco. Ao longo dessa história secular, os homens sempre tiveram preferência para ocupar os cargos de controle de direção”, diz.
A dirigente sindical afirma que a ascensão de Tarciana reforça a necessidade de o banco avançar na equidade de gênero e consolidar uma política efetiva de participação das mulheres nos cargos de comando da empresa. Ao contrário de Rita Serrano, que tomou posse como presidente da Caixa, Tarciana não tem histórico de atuação no movimento sindical bancário. Por isso, Goretti afirma não ter conhecimento mais aprofundado de sua trajetória.
Entretanto, a diretora do Sindibancários afirma que gostou do discurso de posse da nova presidente, pois ela destacou a defesa da diversidade e do bom atendimento ao cliente, o que se choca com os “quatro anos dolorosos de Governo Bolsonaro [PL]”, no qual foram intensificadas as pressões por metas e o assédio moral, além de terem ocorrido constantes ameaças de privatização do banco.
Goretti informa que, em todo o Brasil, foi reduzido o número de funcionários. No Espírito Santo, no início da gestão anterior, havia cerca de 1,4 mil. Agora, há uma média de 1,2 mil. “Esperamos que a gestão da Tarciana tenha como foco o Banco do Brasil como um banco público, com atuação no desenvolvimento do país, atendendo a agricultura familiar, os pequenos e médios industriais, comerciantes, e que valorize os trabalhadores”, diz.

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