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Eleições no Sindiupes prometem movimentar professores de todo o Estado

Nesta quarta-feira (18) tem início o processo eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), que termina na quinta-feira (19) e tem duas chapas na disputa. A Chapa 1 – A Base Luta, a Base Assume, de oposição e a Chapa 2 – Sindiupes com Você, pra Você. A disputa promete ser acirrada, já que a atual gestão da entidade é apontada como ausente das lutas da categoria, principalmente da dos professores da rede estadual e a chapa de oposição vem com a proposta de reunir a base.
 
Na eleição haverá 329 urnas coletoras de votos, que estarão nos 78 municípios, distribuídas em urnas fixas e itinerantes. O horário da votação será das 8 às 20 horas para as urnas fixas e de 8 às 21 horas para as itinerantes. 
 
A Chapa 1 é formada por integrantes que já estiveram na direção do sindicato e se alinham com a filosofia do Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Já a Chapa 2, composta por membros da atual gestão, tem nos quadros membros da corrente Articulação Sindical (ArtSind), que é ligada ao deputado estadual Luiz Carlos Nunes (PT), que se licenciou da presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para assumir o mandato deixando na presidência da entidade a vice, Noêmia Simonassi, que também compõe a Chapa 2 do Sindiupes. Atualmente, o Sindiupes é filiado à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), um braço da CUT
 
Observadores apontam que a base da categoria tem ressalvas quanto a Chapa 2, que esteve ausente das lutas em momentos importantes do atual governo Paulo Hartung (PMDB), como o combate ao Escola Viva – que institui o turno único em escolas do ensino médio da rede estadual; ao fechamento de turmas da rede estadual; a luta dos professores pela revisão anual dos vencimentos. 
 
A pauta de combate às perdas da categoria foi encabeçada pelos próprios alunos da rede estadual em diversos momentos. Foram os estudantes os primeiros a protestarem contra o Escola Viva e contra o fechamento de turmas. Em São Mateus (norte do Estado), por exemplo, os alunos chegaram a acampar na Superintendência Regional de Educação (SRE) no município em protesto contra o fechamento de turmas em quatro escolas do município. No caso do Escola Viva, o Sindiupes chegou a apresentar certa oposição no primeiro momento de apresentação da proposta, alegando que turno integral no ensino médio não seria prioritário para a educação, mas não apresentou oposição à aprovação do Projeto de Lei Complementar  4/2015 pela Assembleia Legislativa, que instituiu o projeto. 
 
Na questão salarial, a atual direção do Sindiupes não permaneceu no Fórum das Entidades do Serviço Público (Fespes) que promoveu diversas assembleias setoriais e atos públicos cobrando do atual governo a revisão anual dos salários; a definição de uma data-base; o reajuste do auxílio-alimentação; e a negociação permanente com os servidores, respeitando as demandas de cada categoria.
 
Ainda há questionamentos sobre o fato de o Estatuto da entidade ter sido modificado em uma assembleia realizada em São Mateus – e não em um congresso de professores – sem que houvesse transporte para que profissionais de todo o Estado pudessem comparecer. 
 
 

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